É certo que o Brasil possui uma vasta população como também, um território. Esse fato não quer dizer que todos tenham onde morar e muito menos, que todos os que moram, possuam um lugar digno e, é notório, que a crise de habitação no país se agrava à medida que a taxa do desemprego e o abandono a políticas públicas aumentam. O filósofo Jean-Jacques Rousseau cita em sua obra que o homem para viver em sociedade deve entregar seu poder de autonomia para o Estado para que o mesmo garanta a sua segurança e os direitos de cada um. Desse modo podemos pensar que o grande problema da crise de habitação do país seja do próprio governo que não sabe como gerir seu poder em propósito do cidadão. Outro problema é a questão do desemprego que, historicamente, tem afetado o país desde sua independência, o que nos remete a uma situação crônica no Brasil na qual uma calamidade em certo setor afeta os demais gerando um efeito dominó no qual o Estado não consegue intervir. Um caso concreto é o MST (movimento dos trabalhadores rurais sem terra) que em ausência do apoio do governo tiveram que recorrer a uma organização autônoma para conseguir garantir seus direitos e a justa divisão de terras, pois, novamente, há uma grande falha na economia afetando a moradia e os direito do cidadão. Desse modo, é correto afirmar que no Brasil, o problema da ocupação e da habitação é um efeito colateral da mal administração do Governo Federal em diversas áreas, principalmente na economia. Pode-se concluir que para resolver esse transtorno no país é necessário, em primeiro lugar, políticas, por parte dos governos estaduais e federais, para assentar os moradores de rua em locais dignos e desabitados e também cursos de profissionalização para que possam arrumar empregos e gerar lucro para que Estado possa, em segundo lugar, ampliar as políticas de auxílio econômica e socialmente à população, tirando o país aos poucos de seus problemas enraizados pela história.