Durante o período da revolução industrial, o uso das máquinas no modo de produção trouxe para as cidades os trabalhadores das manufaturas que viviam no campo. Como conseqüência desse processo inicial, os centros urbanos foram se tornando superlotados e acarretando dificuldades na utilização de serviços que são direito dos cidadãos, tais como saúde e educação. No que se refere aos locais que receberam grandes contingentes populacionais, observa-se um planejamento estrutural precário, tendo em vista a forma acelerada em que foram formados. Isso se exemplifica pela falta de estrutura das ruas e presença de favelas, especialmente nos países em desenvolvimento, nos quais a ação de planejar foi tardia. Convém lembrar ainda que o aumento no número de transportes contribuiu diretamente para a formação de um trânsito caótico que impede o acesso fácil às escolas, hospitais e locais de trabalho. Além de fazer com que o tempo gasto durante o dia seja, boa parte, consumido durante os deslocamentos. Dessa forma, é imprescindível que medidas sejam tomadas para diminuir a ocupação dos locais que estão muito cheios e garantir o acesso amplo e democrático aos espaços e ao que eles oferecem. Assim, cabe ao Estado, desenvolver programas que visem melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida das cidades; ao indivíduo, conscientizar-se acerca da importância de fazer uso dos transportes coletivos e das bicicletas, bem como, dividir o automóvel com vizinhos; à mídia, promover essa ideia.