Segundo a carta dos direitos humanos às nações, todo ser humano tem direito de ir vir. A hora do “rush”, como são conhecidos os horários em que os trabalhadores se deslocam para o seu trabalho ou voltam pra casa, é uma demonstração do quadro caótico da mobilidade dos grandes centros brasileiros. Em virtude da falta de planejamento urbano, o direito a locomoção tornou-se dificultado. É necessário buscar alternativas para contornar o problema e garantir o direito dos cidadãos. Após a revolução industrial (século XVII), as cidades eram configuradas de forma em que as zonas habitáveis se encontravam próximas as regiões fabris para evitar atrasos em virtude da locomoção dos trabalhadores. Já início do século passado, no Brasil iniciou-se uma política de “limpeza” dos grandes centros econômicos que envolvia o encarecimento dos aluguéis e a demolição de casebres a fim de equiparar os centros urbanos brasileiros às cidades européias. Essas medidas “empurraram” a classe trabalhadora, em sua maioria pobre, para longe de suas fábricas e postos de trabalho. Estava “acionado o gatilho” para os problemas de mobilidade que enfrentamos hoje. O crescimento populacional nos grandes centros não foi acompanhado pelo aparelhamento do transporte público, o que contribuiu para a má qualidade do serviço. Os transportes públicos encontram-se superlotados e levam número considerável de pessoas a dotarem o uso de transportes particulares, fato que gera o acumulo de engarrafamentos. É necessário que o governo invista na criação de vias expressas exclusivas para transportes coletivos que liguem periferias aos centros comerciais bem como a escola, universidades e hospitais, por exemplo. Tais vias de trânsito rápido garantem o fluxo contínuo dos veículos e reduzem a necessidade de aumento da frota já que esses poderam servir a um número maior de pessoas no mesmo tempo. Outra alternativa conjunta é o estimulo, quando possível, ao uso da bicicleta como meio de transporte. As empresas, associação de bairro ou comunidades devem criar grupos de ciclistas formados pelos seus trabalhadores ou moradores com rotas definidas com intuito de auxiliar o deslocamento até seus destinos finais e o governo deve financiar campanhas publicitárias de respeito ao ciclista no rádio e tv.