Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 16/09/2016

Implantado durante a década de 50 pelo governo de Juscelino Kubitschek, o Modelo Rodoviarista foi um dos precursores da chegada de indústrias automobilísticas no Brasil. Desde então, o modal rodoviário consagra-se predominante em todo território nacional até os dias atuais. Contudo, este processo desencadeou numa elevada concentração de automóveis nos grandes centros urbanos implicando em desafios na mobilidade urbana brasileira. Segundo um cruzamento de dados entre pesquisas do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2014, o Brasil já tem um automóvel para cada 4,4 habitantes. Este fato está diretamente relacionado ao privilégio ao transporte individual possibilitado pela redução de impostos de produtos industrializados (incluindo carros e motos) e o aumento da renda média do brasileiro, e também à construção de cidades mal planejadas juntamente à concentração populacional, dando origem ao que chamamos de inchaço urbano e sem dúvida, à péssima qualidade do transporte público que assola a sociedade. Diante disso, são vastos os problemas resultantes desta questão, tais como o aumento do tempo de deslocamento devido à lentidão do trânsito e os excessivos congestionamentos, acidentes e mortes, trens, metrôs e ônibus superlotados, falta de estrutura adequada para circulação de ciclistas e pessoas com necessidades especiais, entre outros. Destarte, é nítida a urgência da elaboração e execução de políticas públicas que possam atenuar e até mesmo erradicar estes problemas, pois como já dizia o celebre escritor Irlandês Oscar Wilde: “o primeiro passo é o mais importante para a evolução de um homem ou nação.” As condições de deslocamento da população são bastante precárias e infringem o direito de ir e vir da cada cidadão. Portanto, cabe ao Governo e ao Ministério do transporte o aprimoramento, ampliação, diversificação e o reajuste na tarifa dos transportes alternativos de modo a atender a demanda da população e solucionar o caos da superlotação. A construção de ciclovias e de infraestrutura que garantam a acessibilidade também são indispensáveis neste cenário. Ademais, é imprescindível que a Lei, comumente chamada de Estatuto das cidades contida na Constituição, se faça válida e seja executada sua função de exigir um melhor desenvolvimento e planejamento urbano e garantia do direito de cidades mais sustentáveis. Além disso, é fundamental que o Ministério da educação (MEC) em parceria com as escolas elaborem campanhas em incentivo a utilização dos transportes de massa ou não motorizados a fim de diminuir o fluxo de veículos e por consequência, os níveis de poluição. Só assim será possível concretizar o acesso amplo e democrático e alcançar a tão almejada mobilidade urbana.