As empresas automobilísticas são símbolos da industrialização. Com a Revolução Industrial, os carros próprios se difundiram não só como forma de mobilidade, mas como sonho de consumo. Muitos, porém, são os problemas que ocasionam para o fluxo de locomoção das cidades que não tem infraestrutura para tal quantidade de veículos circulantes. O direito de ir e vir por conseguinte, não pode está ligado à saciar desejos capitalistas ou favorecer uma classe, mas a um direito de todos. Quando carros próprios congestionam as ruas, o que existe não é um problema de infraestrutura, mas democrático. Isso, porque, se todos tem direito àquela via o certo seria que todos ocupassem uma mesma quantidade de espaço. Se cada pessoa que usa carro o trocasse por bicicleta ou utilizasse transporte público, apenas uma vez por semana, os congestionamentos seriam reduzidos. Não obstante, a troca por outros meios de locomoção está ligado à cultura do povo. No Brasil, é inimaginável que um ministro, por exemplo, utilize um transporte público, como ônibus ou metrô. Os seres humanos são iguais mas a visão não é esta quando são comparados os status sociais de um político e uma faxineira. Acrescente-se a isto que os transportes tem objetivos iguais, locomoção de pessoas e coisas, mas o significado de uns se sobrepõem às suas funções. A ilusão excludente, infelizmente, não atinge somente o posto de trabalho do cidadão, mas soma-se, ainda, sua situação física. Os deficientes, independente de como, tem dificuldade, não somente para utilizar os transportes públicos, mas também para se locomover pelas calçadas dos seus bairros, que quando periféricos, costumam ser totalmente defeituosas. A cidade, todavia, não está acessível a todos da mesma forma. Os "espaços públicos" costumam atender aos grandes centros e pessoas que tem as condições físicas e sociais para usufruir deles. Mas, no que tange a resolução do problema, até a adição ciclovias, como ocorreu na cidade de São Paulo, causam grandes alarmes na sociedade que está acostumada com as consequências do uso do automóvel próprio e em mudanças somente à favor de seus investimentos pessoais. Talvez o número de carros circulantes seja o número de orgulhosos de suas condições sociais. ***fiz dissertação e não dissertação argumentativa