Relativo ao desafio da mobilidade urbana, é possível afirmar que o congestionamento é, infelizmente, uma rotina para os brasileiros que vivem nas metrópoles ou próximos a elas. Isso se evidencia não só pela precariedade dos transportes coletivos mas também pelo intenso número de carros nas ruas. As manifestações de 2013 no Brasil representaram a insatisfação populacional com o transporte público, tendo em vista o aumento do preço das passagens aliado à má qualidade do mesmo. O ônibus é a condução mais usada pelos habitantes no país, porém, a falta de investimentos do governo ocasiona a ausência de coletivos que atendam devidamente as necessidades dos cidadãos e, com isso, o indício da superlotação, que também acontecem frequentemente em meios ferroviários. Além disso, existem obstáculos que os passageiros são forçados a enfrentar, como: carência de ares-condicionados e a má conservação dos veículos. Somado a isso, ao longo do século XX, mais especificamente no governo de Jucelino Kubitschek, foram construídas rodovias para transportar cargas e industrializar o país trazendo empresas multinacionais, principalmente, automobilísticas. Esse fato originou o aumento do número de carros nas avenidas, haja a vista que se tornou mais fácil a compra de automóveis. Nos últimos anos, os veículos individuais têm ocupado a maior parte das estradas causando tráfego intenso e uma maior liberação de CO2 na atmosfera, que é completamente prejudicial ao meio ambiente, consequentemente á população, a exemplo do aumento do problema da ilha de calor. O uso de automóvel pessoal está sendo constante porque os transportes coletivos são precários, incentivando a população a adquirir um carro. Dessa forma, o Governo Federal e os Estados necessitam investir mais em meios rodoviários e na construção de ciclovias e ciclofaixas com qualidade e eficiência, para uma tentativa de amenizar a quantidade de carros presentes nas ruas. Ademais, a sociedade precisa nacionalizar o debate em instituições escolares e nas empresas que trabalham a fim de incentivar o uso de bicicletas para atenuar a emissão de gases nocivos.