Título da redação:

O problema da mobilidade vai muito além

Proposta: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 21/11/2015

Com a industrialização tardia do Brasil em 1930, as cidades passaram por um inchaço de pessoas que se deslocavam do campo para o espaço urbano. Além disso, com o passar dos anos, a abertura de estradas para integrar o país e o investimento em tecnologia fez com que a modernização alcançasse vários âmbitos da sociedade, como a mobilidade urbana. O grande número de automóveis nas estradas, as dificuldades da vida moderna e a precariedade do transporte público leva milhares de brasileiros a não terem acesso a dois direitos constitucionais: de ir e vir e o de cidade. No governo de Juscelino Kubistchek em 1950, a fase automobilística teve destaque e ter automóvel passou a ser sinônimo de “status”. Assim, quando um jovem completava 18 anos, ganhava seu primeiro carro a fim de ostentar pelas ruas da cidade. Esse pensamento foi sendo levado a diante e hoje continua influenciando as novas gerações e acarreta engarrafamentos quilométricos, em que a maioria dos carros só têm o motorista, como é o caso de São Paulo. Isso acaba por prejudicar a vida dos cidadãos, pois os coloca em uma posição de estresse, reduzindo a qualidade de vida dessas pessoas, já que a vida moderna impõe rapidez e dinamicidade e o trânsito atual vai de encontro com essa realidade. Além disso, a precariedade dos transportes públicos faz com que muitas pessoas desistam de usá-los e optem pelo automóvel individual. O descaso com os ônibus da rede pública, por exemplo, pode por em risco a vida de muitas pessoas, já que muitos se encontram antigos, sem revisão, sem cintos de segurança e sem trava de portas, como é o caso de muitas cidades. Somando-se a isso, tem-se o perigo de abusos, sejam sexuais, sejam de desrespeito, como é o caso de mulheres que são colocadas em situações de injúrias e de indivíduos que não cedem seu lugar para idosos e grávidas, infringindo o bom andamento social. Ademais, a maioria das cidades não dispõem de ciclovias e colocam a vida de muitos ciclistas em perigo por terem de andar em meio ao caos das rodovias. A ausência de ciclofaixas nos espaços urbanos é um problema de mobilidade social e a escassez de leis que ampare quem anda de bicicleta, também. Casos como o do ciclista David Santos que foi atropelado na Avenida Paulista e acabou perdendo o braço, tem se tornado comum na mídia pela falta de respeito dos motoristas no trânsito e pelo desprovimento de uma via somente para quem anda de bike. Portanto, é de suma importância que o assunto de mobilidade urbana seja tratado pelos prefeitos de cada cidade. É necessário que ciclovias sejam implantadas nos espaços urbanos, a fim de garantir o bem estar do ciclista e do próprio trânsito. É necessário que a mídia incentive o uso de bicicletas com o objetivo de desobstruir as ruas e evitar engarrafamentos quilométricos, bem como auxiliar na qualidade de vida de cada cidadão. É imprescindível que a sociedade cobre de seus governos uma melhoria dos transportes públicos, como revisão mecânica e reformas para garantir a segurança de utilização dos mesmos, além de multas para quem desrespeitar o direito de idosos e grávidas e de quem abusar de mulheres.