Segundo o filósofo Henri, cidadania vai além do direito de voto e expressão verbal: trata-se de uma forma de democracia direta, pelo controle direto das pessoas sobre a forma de habitar a cidade. Além disso, para garantia de vida e mobilidade urbana, dos cidadãos, são necessários os investimentos, por parte do poder público, em lazer, transporte e vias públicas. É comumente notar a mobilidade de milhares de brasileiros usufruindo do transporte público, principalmente, em horários de pico. Isso são benefícios da política Welfare state- política do bem-estar social- em que o Estado garante rodovias e transportes. Porém, esses recursos não são o suficiente para atender toda a população brasileira gerando caos, apenas, em anos de eventos mundiais, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas 2016 motivam construções de obras públicas, assim como o metrô do Rio de Janeiro, só poderá ser usado por usuários portadores de cartão olímpico, durante o evento, somente depois será utilizado pelo cidadão. Consequentemente, há um aumento pelo consumo de transporte individual como carros e motos, sendo assim, o aumento da frota de veículos gera muito trânsito, além de contribuir para a poluição atmosférica, através da queima de combustíveis. Se comparado ao transporte público de Londres, o Brasil perde no quesito qualidade, uma vez que o sistema apresenta melhor conforto e frotas, portanto, muito optam em usar apenas do público. Outro ponto importante é que a garantia ao direito à cidade, dos cidadãos, está cada vez mais privada, pois quando aludir ao Welfare state, também, inclui um conjunto de recursos como lazer e hospitais públicos. No entanto, para ir ao cinema ou ao teatro é cobrado uma taxa; para ter um atendimento, em hospitais públicos, é inevitável esperar por horas na fila. Sendo assim, segundo a tese do filósofo Henri, o direito das pessoas sobre a forma de habitar não está sendo viável, na sociedade, estamos vivendo tempos individualistas, em que cada um busca usufruir de seus direitos de uma forma privada e individual. Portanto, é necessário a intervenção do poder público, colocando em prática a política de Welfare state garantindo lazer, transporte e cultura, afinal, teremos uma sociedade harmônica em que a mobilidade urbana e o direito a cidade serão frequentes. Isso se daria através de uma ampliação das rotas e das frotas de transportes públicos, a fim de suprir a demanda populacional e reduzindo o número de carros e motos, reduzindo a poluição atmosférica. Cabe ainda lembrar nos investimentos em lazer através de aulas públicas de teatros e apresentações públicas em praças; além disso, melhores investimentos em hospitais públicos através da criação de bancos de financiamento dos hospitais, para que possam usufruir e manter um ótimo atendimento.