Título da redação:

Mobilidade urbana: uma questão histórico-social

Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 22/04/2016

A questão da mobilidade urbana no Brasil passa por um dos problemas mais preocupantes para o bem estar do cidadão, que é os congestionamentos nas metrópoles; visto que a construção histórico-social do país explica tanto a origem quanto perpetua os mesmos desafios. Especificamente, durante o período JK, houve a proposta de governo 50 anos em 5, a qual incentivou a entrada de indústrias automobilísticas, aliado à formação de Brasília, que virou símbolo da cidade ideal, sendo esta projetada, basicamente, para automóveis particulares. Quem poderia dizer, décadas atrás, que temas tão atuais como sustentabilidade e consumismo estariam atrelados ao uso de um meio de transporte? Nesse sentido, ao voltar no tempo e lembrar do que disse o governante Washington Luís que “governar é construir estradas” para ver como a construção desse país tem ligação direta com a sua situação na atualidade. Nos últimos anos, a preservação do meio ambiente tornou-se um assunto emergencial, devido à alta taxa de poluição, principalmente por combustíveis fósseis. Desse modo, como o número desses transportes é exacerbado, aumenta-se a possibilidade de contrair doenças respiratórias ou agravar as já existentes. É o caso das grandes cidades, como São Paulo, que sofrem com poluição atmosférica, uma vez que os carros no geral, particulares ou não, são os principais responsáveis pela emissão de CO2 (Dióxido de Carbono). É fundamental pontuar, ainda, que desde a queda do Muro de Berlim e o fim da União, Soviética vigora o capitalismo, no qual, o consumir é uma fonte de lucro e movedor da economia. Sendo assim, as principais empresas fazem uso da televisão para vender seus produtos, essencialmente carros, cada vez mais acessíveis à população brasileira. Diante disso, os indivíduos fortemente influenciados pelas propagandas e movidos pelo desejo de obter mais segurança no trânsito e a comodidade que esses veículos propiciam, não economizam na hora de comprar um veículo particular ou aqueles que fazem partes da chamada classe c, por exemplo, utilizam de estratégias, como financiamento, para obter o sonhado carro popular. Nessa perspectiva, as ruas e avenidas das principais cidades do país ficam cada vez mais cheias de automóveis. Torna-se necessário, portanto, o investimento em políticas públicas sócio-educacionais para o enfrentamento dos problemas. Para isso, o governo precisa incentivar o uso de veículos alternativos, como através da criação de bicicletas de aluguel espalhadas por pontos centrais e redes de ciclovia, aliado, é claro, à manutenção dos transportes públicos já existentes, visando a melhoria no conforto e segurança para o cidadão. Além disso, na escola, pode-se incluir na grade curricular o ensino de educação ambiental, abordando aspectos sobre trânsito e consumismo e envolvendo não só os alunos, mas também a comunidade local.