O deslocamento urbano é um retrato da desumanização do espaço público.Certamente,a opção majoritária por transportes individuais se deve a precaridade e falta de segurança dos veículos de massa.Como pressupostos argumentativos,percebe-se que as políticas públicas não são eficientes na contenção do êxodo rural, bem como reduzidos investimentos em infraestrutura urbana e uma sociedade descompromissada com a diversidade dos meios de transporte.Desse modo,a imobilidade urbana retrata a perda da função social das cidades ,a concretização do acesso pleno e democrático é um direito constitucional. Do ponto de vista político,observa-se que os inchaços dos centros urbanos estão diretamente relacionados a crescente crise da mobilidade urbana.Contudo,criar medidas de incentivo a empregabilidade no meio rural permitiria desinchar as grandes metropólis,caso contrário,haveria a favelização dos grandes centros com aumento da demanda por transporte.Por isso , Estados Democráticos de direito devem estar sintonizados com a interiorização do desenvolvimento. Ademais,nos moldes de uma economia macrorreguladora,fica caracterizado a baixa aplicação de recursos na diversificação do sistema modal de transportes públicos.Nesse cenário , a criação de projetos de ampliação na malha ferroviária , assim como a ampliação da infraestrutura urbana para uso de alternativas ecológicas , como a bicicleta, promoveria uma melhor qualidade e celeridade na logística do deslocamento .Além disso , reduziria a emissão de poluentes ambientais e ampliaria o incentivo a atividade física e a redução do sedentarismo .Logo, sociedades participativas otimizam com mais eficiência suas demandas de deslocamento na formação de uma cidade inclusiva e não desfuncional . Em suma, a circulação urbana deve representar a lógica da diversidade.Não restam dúvidas de que,a busca pela integração de modais e a priorização do transporte coletivo deve fazer parte da agenda governamental.Como encaminhamentos propositivos, exige-se que sejam criados mecanismos que fixem o homem no campo por intermédio de uma reforma agrária pela Casa Civil , assim como a elaboração de projetos de investimentos em alternativas de deslocamento no espaço urbano , como a criação de pistas exclusivas para ciclistas , ampliação da segurança policial nos meios de transportes rodoviários e criação de amplas malhas ferroviárias para o escoamentos de produtos no país por meio do orçamento público.Afinal, a mobiliada urbana pressupõe o uso da mobilidade sustentável.