A concentração de pessoas em centros urbanos no Brasil teve um aumento significativo a partir da década de 60, com a intensa migração da população rural e do interior para grandes centros urbanos. Em muitas cidades, o aumento populacional trouxe vários problemas, principalmente porque não havia, e ainda não há, infraestrutura para suportar uma ocupação tão intensa. Horas no transito, engarrafamentos, cidades abarrotadas, violência, e muito estresse, são alguns dos inconvenientes que a população, que vive em grandes cidades, tem de enfrentar todos os dias a caminho do trabalho e de casa. O maior causador destes problemas é a falta de um transporte público eficiente, suficiente e seguro. O que também induz muitas pessoas a usarem meios próprios de transporte, intensificando o transito nas metrópoles. Na cidade de São Paulo, que é o centro econômico–financeiro do Brasil, o transporte público não atinge todos os pontos da cidade, que é imensa e tem a segunda maior taxa de densidade demográfica do país. Estes problemas poderiam ser amenizados com a ampliação da malha metroviária, melhora nas condições do transporte público e na infraestrutura que este necessita. Uma alternativa mais barata que também pode aliviar o transito em alguns pontos das metrópoles é o incentivo ao uso de bicicletas, mas para isto seria necessário a construção de ciclovias bem projetadas. A mobilidade urbana tem relação direta com a qualidade de vida nas grandes cidades. Amenizar este problema é um dever do Estado, e um direito que deveria ser veementemente reclamado pelo cidadão.