Título da redação:

Mobilidade urbana: individualismo e gestão

Tema de redação: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 02/09/2016

Durante a revolução industrial a Inglaterra investiu na ampliação das ferrovias para facilitar o transporte de produtos e pessoas. Na realidade contemporânea, observamos que a mobilidade tem sido, ainda, um grande desafio para as grandes metrópoles brasileiras que, por sua vez, demonstra a preferência populacional por veículos individuais devido ao serviço falho oferecido pelos transportes públicos. Sendo assim, façamos algumas ponderações. Primeiramente, deve-se destacar a cultura automobilística propagada no território nacional, que associa sucesso com locomoção individual, portanto o automóvel torna-se um dos itens na lista de bens de consumo mais desejados pelos brasileiros. Durante o governo de JK, por exemplo, houve forte investimento em industrias automobilísticas, além do planejamento rodoviarista, consequentemente a mídia bombardeava a população com anúncios persuasivos e os frutos dessa empreitada estão presentes até hoje em nossa sociedade. Atualmente, nota-se que há urgência em reduzir o fluxo de carros e ampliar outros meios de locomoção nas grandes cidades do Brasil. É importante mencionar ainda, que a melhoria dos transportes públicos é essencial para a redução da utilização dos automóveis em âmbito nacional. Tóquio, por exemplo, possui um dos gerenciamentos mais complexos e precisos com relação ao transporte de massa, sendo a primeira opção da população para se deslocar. Já nas cidades brasileiras, os veículos coletivos geram grande desconforto, principalmente por possuírem altos preços de tarifa e, ao mesmo tempo oferecerem um serviço sem qualidade. Na cidade de São Paulo, o incomodo gerou manifestações que uniram um grande número de pessoas. Há então solução para a mobilidade urbana nacional? Tem de haver, claro, e a primeira medida deve ser pautada na redução do trafego, ampliando o rodízio de placas que ocorre em São Paulo para outras metrópoles brasileiras. Além disso, é necessário que o governo invista em meios como hidrovias, bondes e ferroviais para reduzir a utilização das rodovias e ampliar as opções de locomoção. Por fim, o governo deve exigir o aperfeiçoamento dos transportes públicos para as empresas privadas que se responsabilizam por tais. Assim teremos, paulatinamente, cidades mais organizadas e preocupadas com o bem-estar de seus cidadãos.