Título da redação:

Mobilidade Urbana e a cultura do carro

Proposta: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 05/12/2015

É notório o caos da mobilidade urbana no país. Dentre vários fatores relevantes, destacam-se: o uso excessivo do transporte individual e suas consequências para a sociedade. Desde a década de 1960, o Estado prioriza o modelo rodoviarista, quando mais vias foram construídas e houve a diminuição de taxas de veículos particulares. Hoje, a má qualidade do transporte público, o incentivo ao consumo, as reduções fiscais do Governo e as facilidades de crédito contribuem para manter a primazia do setor automotivo. Assim, a supervalorização da cultura do carro provoca efeitos que vão muito além dos transtornos e atrasos enfrentados nos congestionamentos. Só em São Paulo, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos estima que as perdas financeiras com acidentes de trânsito, poluição e engarrafamentos sejam de 4,1 bilhões de reais por ano. Além disso, o inchaço urbano prejudica o acesso da maioria da população aos bens e serviços de qualidade. As horas ociosas no trânsito diminuem ou impossibilitam a participação das pessoas em atividades físicas, de lazer e de descanso. Portanto, tornam-se necessárias as campanhas e as datas simbólicas, como o Dia Mundial Sem Carro, principalmente, para estimular políticas públicas que viabilizem um tipo de mobilidade alinhado ao direito de ir e vir. Ademais, é indispensável rediscutir com a sociedade as medidas de pedágios urbanos e os rodízios de carros. Por fim, o Poder Público deve priorizar o transporte público coletivo – eficiente, confortável e seguro - e aumentar o uso de bicicletas como soluções sustentáveis.