A urbanização, fenômeno crescente no mundo, teve origem na Revolução Industrial, tendo como um dos motivos a busca por emprego. Posteriormente, a construção tardia de metrôs, apenas em 1970, resultou na explosão do uso de automóveis. Por essas e outras razões, milhares de brasileiros iniciam os dias com um incansável problema: a locomoção. Em 1879, a Revolta do Vintém, caracterizada pela indignação da população com a cobrança de vinte réis nas passagens dos transportes, já demonstrava as problemáticas desse elemento. Anos passaram-se e a falta de cuidados, as depredações, os congestionamentos e a poluição permanecem atrelados à mobilidade urbana brasileira. Indubitavelmente, a situação atual é ainda mais alarmante. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2050, o número de veículos deve chegar a 130 milhões. Dessa forma, é preciso intensificar a atenção diante do tema abordado. Trata-se de incentivar a carona solidária e aperfeiçoar os transportes públicos, fazendo com que o deslocamento deixe de ser um transtorno. Dado o exposto, é dever das autoridades e do corpo social zelar e aprimorar o patrimônio em questão, através de investimentos e da conscientização da nação. Logo, o lema da Revolução Francesa que clamava por igualdade, liberdade e fraternidade pode ser aplicado ao trânsito que todos querem e necessitam.