Título da redação:

Direito básico

Proposta: A mobilidade urbana no Brasil

Redação enviada em 31/03/2016

Motores a vapor. Estradas. Diversidade de veículos. Apesar dos muitos aparatos tecnológicos que as Revoluções Industriais proporcionaram, a mobilidade urbana no Brasil é precária. O caos no trânsito demonstra os paradoxos de um modelo de urbanização congestionado pelos entraves da modernidade, e que coloca em risco o direito de ir e vir da população. A questão da mobilidade urbana decorre, em grande parte, de erros de planejamento de circulação por parte do Estado. Um país com a extensão territorial brasileira não deveria ser tão dependente da rede rodoviária, pois, além do alto custo de manutenção, essa não é suficiente para sustentar o inchaço urbano dos grandes centros. Contudo, mesmo com os diários congestionamentos decorrentes do excesso do uso de carros, o governo continua a estimular a compra de veículos como forma de alívio de crises econômicas, a despeito dos problemas sociais gerados por tal medida. Além disso, os transportes de massa não são atrativos à população. As linhas de ônibus e metrô são insuficientes para a demanda, e, como agravante, os veículos são sucateados – embora haja acréscimo anual no valor das passagens. Essa precariedade decorre, em grande parte, devido ao oligopólio existente na administração das empresas de ônibus: os preços e a qualidade são tabelados, e ambos favorecem poucas famílias, em detrimento do bem-estar dos cidadãos. Ademais, são poucos os investimentos na diversificação dos meios de locomoção. Metros e trens – embora rápidos e de maior capacidade de carga – não circulam por toda a extensão dos centros. São Paulo tem apena 743 km de metrô, enquanto Londres apresenta 408 km de trilhos, segundo a BBC Brasil. Rios e ciclovias também são pouco valorizados, o que leva a poucas opções de locomoção. A questão da mobilidade urbana no Brasil é, portanto, urgente. A fim de reduzir os problemas de deslocamento, é fundamental que o Estado diversifique os modais, a partir, por exemplo, da criação de ciclovias seguras. Além disso, parcerias público-privadas melhorarão a qualidade dos transportes de massa, tornando-os mais dignos, o que levará a menor quantidade de carros nas ruas e, assim, reduzirá congestionamentos. Dessa forma, o direito de ir e vir será exercido de forma plena.