É de conhecimento geral que o problema da desigualdade assola o Brasil. Nesse sentido, a desigualdade manifesta-se não apenas no âmbito social mas também nos espaços conceituando-se como desigualdade socioespacial, em que parcela da população não tem acesso às cidades. Está previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a moradia. Não obstante, há milhares de pessoas no país desabrigadas que em última instância recorrem à viver em barracos e favelas enquanto isso os latifúndios improdutivos ocupam grandes porções de terra onde poderiam ser alojadas diversas famílias. Esse cenário da desigualdade socioespacial revela-se de forma mais acentuada nas metrópoles, onde os espaços de lazer, as instituições básicas garantidoras de cidadania, tal como a escola e hospitais públicos de qualidade, concentram-se no centro e os moradores da periferia simplesmente são impossibilitados de terem acesso à esses lugares. Diante do exposto, é portanto notória, a urgência da execução uma reforma urbana que democratize o acesso aos espaços e torne as pessoas cidadãs. Somando-se à isso é também de extrema necessidade garantir a moradia de qualidade para toda a população.