No livro "Trem noturno para Lisboa", o autor Pascal Mervier narra uma história do personagem Gregório, o qual realiza muitas viagens em vários lugares. Este direito de ir e vir; garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos; possibilitou a personagem o acesso a vários países e cidades através da acessibilidade na mobilidade. Esse conceito dentro do contexto brasileiro, a mobilidade urbana é atualmente um dos maiores desafios que o país possui, como a falta de empenho das autoridades políticas em relação ao Plano Nacional de Mobilidade Urbana e a precária consciência da população sobre a mobilidade sustentável. Todos esse fatores contribuem para que o Brasil apresente grandes dificuldades para ser pioneiro em questões de mobilidade. O conceito mobilidade urbana se refere ao acesso democrático à locomoção da população. Veículos motorizados ou não e também a pé são formas de deslocamento de um grande fluxo de pessoas. No Brasil é possível relatar o caso da cidade de Brasília, na área do Plano Piloto, a infraestrutura utópica criada pelo urbanista Lucio Costa fez a capital do país apresentar grandes resultados para a locomoção da população. Além da capital nacional, Belo Horizonte, Palmas e entre outras são cidades de destaques nesse assunto; inclusive são municípios que garantem a sua população acessibilidade aos cadeirantes, garantindo a eles os seus direitos como cidadão. Tal fato surtem efeitos de mobilização em outras cidades, na qual os respectivos moradores exigem uma melhora da mobilidade em seu município. Porém, por mais que o Brasil apresente precárias condições de infraestrutura em nível nacional com exceções das cidades planejadas, em outro ângulo o Ministério das Cidades desenvolveu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, com o objetivo de garantir o acesso e a locomoção da população brasileira. Tal projeto mostra-se ineficaz pela má coordenação e gerenciamento por parte das prefeituras e as secretarias de transporte do país. O plano também visa a mobilidade sustentável com um incentivo do uso de bicicletas, com implantação de ciclo faixas, como foi visto em Copenhague, cidade da Dinamarca. Entretanto isso somente será possível com a conscientização da população nesse contexto, uma vez que o incentivo será inútil sem uma mudança no comportamento da sociedade em relação ao alto uso de automóveis. Dessa forma fica clara a necessidade do Ministério das Cidades empenhar-se no Plano Nacional de Mobilidade Urbana, disponibilizando uma equipe de logística a serviço dos municípios para implantar o projeto nas cidades. As Secretarias de Transportes Estaduais deve oferecer um serviço de transporte público gratuito visando o menor trafego de automóveis e mobilidade sustentável. Cabe também o as Secretarias de Educação Municipais organizar palestras nas instituições de ensino voltadas na questão da consciência da mobilidade urbana sustentável. tudo isso é necessário para que o Brasil garanta uma melhor qualidade de locomoção à sociedade brasileira.