Nos livros da franquia “Jogos Vorazes” a autora Suzanne Collins descreve uma sociedade em que cidadãos de 12 distritos vivem em condições decadentes, em benefício de uma capital onde a elite desfruta da maior parte dos recursos do país. Longe dos livros de ficção cientifica o povo brasileiro também está dividido de forma que uma parcela menor da população concentra a maior parte do patrimônio nacional. Esse fato torna necessária a criação de meios para superar a desigualdade social no Brasil. Autor e poeta brasileiro, Ariano Suassuna afirma que é muito difícil vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em 2 países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos. Segundo o ministério da saúde, do total de médicos cadastrados no conselho federal de medicina, apenas 21% estão no Norte e Nordeste. Em aspectos econômicos, em 2009, 12 municípios concentravam 10% da renda do país, de forma que 11 destes eram do Sudeste e um do Sul, como revela uma pesquisa divulgada pelo IBGE. Focalizando o sudeste brasileiro, as populosas favelas do Rio de Janeiro se destacam, dado que por vezes são próximas a bairros nobres, o que cria um forte contraste social. Entretanto, alguns problemas dificultam a resolução do impasse. Com a alta concentração da economia e mercado de trabalho no Sudeste e Sul do Brasil, há uma grande escassez de empregos no restante do país, de modo que se perpetua um fenômeno migratório em que pessoas de todo o pais se deslocam para o Sul e Sudeste em busca de empregos. Ademais o nível de educação do Brasil em geral é preocupante em termos de infraestrutura, material de ensino e estrutura de ensino, o que resulta na falta de oportunidades para cidadãos principalmente do Norte e Nordeste. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O poder legislativo deverá alterar as leis fiscais nacionais a fim de torna-las mais atrativas a empresas multinacionais de manufatura em larga escala, de forma que seja viável a todas as partes o estabelecimento de filiais nas regiões Norte e Nordeste, para que seja suprida a demanda de empregos e a economia seja expandida. Além disso, em parceria com os novos empregadores, o MEC poderá oferecer cursos em escolas públicas locais, voltados as funções específicas a serem cumpridas nas novas companhias, de maneira que quando finalize o curso, o estudante já esteja empregado. De acordo com Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Em vista disso, o investimento em infraestrutura nas escolas deverá ser enfatizado nas regiões onde esse quesito é mais precário.