No que diz respeito a desigualdade social, a realidade brasileira não se deve a fatos isolados, mas, sim, a um conjunto de fatores sociopolíticos e históricos que influenciam na manutenção da exclusão social grupo mais pobre da população. No entanto, assim como em um corpo biológico, no qual o enfermidade de um órgão afeta a homeostase, é possível afirmar que a sociedade brasileira vive no caos, causado pela inoperância estatal, que afeta a todos, e não apenas àqueles socialmente excluídos. Em primeiro lugar, convém analisar que existem diversas formas de desigualdade, como a racial, de escolaridade, além da econômica, todavia, na prática, todas elas se combinam. Esse fato é evidenciado no processo de exclusão social, no decorrer da História, da população negra, a qual adquiriu direitos sociais, como a educação, apenas no Brasil Moderno. Logo, a situação do presente corresponde a manutenção da desigualdade social do passado associada a uma má administração dos recursos públicos e a corrupção, as quais não priorizam a educação de qualidade para a superação da desigualdade social. Dessa forma, sobrevive o ciclo vicioso da pobreza e da criminalidade. Ademais, é preciso compreender que a dinâmica urbana é o resultado do bom funcionamento da completa interação entre os entes governamentais, como explica a teoria funcionalista de Max Weber. Dessa maneira, apesar da desigualdade social ocorrer como um fator intrínseco das cidades, é preciso que os agentes responsáveis pelo bem comum atuem de forma mais igualitária e justa em todas as regiões do Brasil, visto que, o Norte e o Nordeste ainda abrigam o maior contingente de pessoas pobres, do país, como afirma o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Assim, é possível que, a longo prazo, todas as regiões ofertem uma melhor qualidade de vida. Destarte, seguindo a máxima de Platão: "não basta viver, mas viver bem", é necessário, portanto, que o Governo Federal, parceiramente ao Ministério da Educação, invista em educação de qualidade por meio de prédios escolares bem limpos, além de professores qualificados bem pagos, com o fito possibilitar melhores oportunidades de emprego, no futuro, aos jovens. Outrossim, as ONGs, junto às universidades e escolas, podem criar programas de inclusão social e cultural para a sociedade, em geral, por meio de clubes de leitura, aulas de dança e música, a fim de influenciar a transformação das estruturas sociais por meio da cultura.