A disparidade social não é algo novo e pode ser considerada uma das cruéis heranças do período colonial brasileiro, quando não havia igualdade de direitos e oportunidades. Parafraseando Rousseau, a desigualdade tende a se acumular, e é isso que acontece desde o início da história do país. Para dizimá-la, é preciso conhecer de que forma ela se perpetua na sociedade. Segundo relatórios da ONU, um dos principais motivos para a persistência da desigualdade é a falta de acesso à educação pública de qualidade. A constituição brasileira diz que é direito do cidadão e dever do estado promover um ensino público digno e acessível a todos, o que libertaria uma boa parte da população da dependência dos favores políticos, porém, isso infelizmente não se encaixa de forma favorável à politicagem. Outro fator que contribui inegavelmente para a manutenção da desigualdade social é a disparidade de oportunidades, que muitas vezes é respaldada por uma vasta gama de preconceitos que só acarretam retrocesso. Todos são iguais perante a lei, portanto a igualdade de oportunidades é um direito que independe de cor, opção sexual ou sexo. Para acabar com esse ciclo destrutivo, é preciso investir em uma educação de qualidade, valorizando os profissionais e os alunos como lhes é de direito. Além disso, o investimento em cursos profissionalizantes por parte do governo é muito importante para que haja capacitação e em seguida, o ingresso no mercado de trabalho. É preciso também disseminar que a igualdade é respaldada pela constituição e que é dever de todo o cidadão reivindicá-la. O sistema é injusto, mas cada cidadão tem a obrigação de fazer o possível torná-lo menos destrutivo e mais igualitário.