O Brasil é historicamente um país desigual. Desde o sistema de capitanias que dividiu um território continental em quinze enormes latifúndios, a Lei de Terras que impedia negros e imigrantes europeus de terem uma pequena propriedade rural, a oligarquia da República Café com Leite que ignorou todas as minorias, até a proposta da PEC 241 que implica corte em serviços necessários ao povo e que não afeta aqueles que detém grande poder econômico. A desigualdade brasileira é preocupante quando 10% dos fazendeiros possuem 73% das terras e metade dessas terras estão ociosas, ou, quando 6,07 milhões de domicílios estão vagos e 5,8 milhões de brasileiros não têm onde morar, segundo o IBGE. Esses dados demonstram uma absurda concentração de renda, principal causa da desigualdade social. Devido a essa situação, vê-se no espaço urbano a segregação socioespacial, ou seja, a parcela com maior poder aquisitivo se isola em ambientes privados. Contudo, a segregação tem como consequência a especulação imobiliária, expulsando parte da população para lugares mais baratos e, por conseguinte, com pouca ou nenhuma infraestrutura. Sendo assim, esse é um problema que abrange muitos outros. No entanto, não há investimentos concretos do governo para resolver a situação, pois, aqueles que estão no governo representam a parcela dos brasileiros que concentram a renda, logo, não tem interesse em distribuí-la. Em suma, o Brasil apresenta a desigualdade social como grave problema e um governo historicamente controlado pelos ricos. Para resolver esse quadro, primeiramente, é importante a participação popular, por meio de propostas, manifestações e eleições, para silenciar as vozes dos que possuem um maior poder econômico. Além disso, criar impostos sobre latifundiários e empresários muito ricos, afim de aumentar a arrecadação que seria aplicada em obras de infraestutura nas periferias, gerando qualidade de vida e empregos, distribuir as terras ociosas, e também, comprar parte dos imóveis vazios e alojar moradores de ruas, visando que todos os brasileiros tenham a mínima qualidade de vida, são meios de combater a desigualdade no Brasil.