Título da redação:

País justo

Proposta: Meios para superar a desigualdade social no Brasil

Redação enviada em 20/09/2017

Desde a colonização do Brasil, no século XVI, preserva-se os moldes de desenvolvimento baseados na desigualdade. Portanto, quase cinco séculos depois, as discrepâncias entres as circunstâncias de vida dos brasileiros tendenciam à confirmação dessa afirmativa. Essa permanência, por conseguinte, firmou-se na evidente má distribuição de renda e nos lentos progressos educacionais do país. É incontestável que as diferenças sociais são sustentadas, sobretudo na propriedade privada. Para isso, a concentração de renda torna-se fundamental. Nesse cenário capitalista, as enormes diferenças financeiras, entre determinadas parcelas da sociedade, expõem a maioria da população à iminente marginalização seja ela de qualquer natureza. Assim, segundo o Datafolha, apenas 5% dos brasileiros arrecadam, mensalmente, um montante acima de seis mil reais. Em face dessa conjuntura, depreende-se que a promoção da equidade salarial deve ser uma importante ferramenta para os controle dos referidos díspares nacionais. Ademais, ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, é inegável a indevida atenção dada à educação. Em vista disso, a instrução de qualidade, infelizmente, ainda constitui-se em um privilégio da minoria abastada. Essa condição em que grande parte dos cidadão não possui escolaridade considerável - segundo o IBGE , apenas 42,5% da população acima de 25 anos tem pelo menos 11 anos de estudo - faz do país um aglomerado de pessoas com incipiente capacidade de intervir na comunidade, e mudá-la. Destarte, faz-se analogia direta ao pensamento de Émile Durkheim, para o qual o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o cenário em que está inserido. Dessa forma, infere-se que o quadro social do país urge por medidas que apaziguem as conjunções de vida de seus habitantes. Logo, o Estado, por meio do Ministério da Educação, deve instituir projetos de "escolas pré-vestibulares", sobremaneira, em bairros periféricos a fim de aumentar o potencial de acesso ao ensino superior pelos cidadãos mais carentes. Além disso, o Ministério da Fazenda deve planejar o sistema de cobranças de tributos, de modo que sejam realizadas proporcionalmente à renda, bem como fazer reajustes salariais cabíveis com a finalidade de equilibrar os proferidos desarranjos econômicos. Nessa direção, o Estado poderá induzir a falência daquelas divergências coloniais e a formação de um Brasil socialmente justo.