Título da redação:

Dignidade não somente para poucos.

Proposta: Meios para superar a desigualdade social no Brasil

Redação enviada em 02/10/2017

A obra "Quarto de Despejo", da escritora e antiga catadora de lixo Carolina Maria de Jesus, evidencia a não aceitação por parte dessa autora em ser tratada como "despejo" em uma sociedade marcada pela desigualdade social. Na esteira dessas considerações, essa temática faz parte, ainda, do cenário contemporâneo brasileiro, com o evidente abismo entre ricos e pobres, em que o direito à cidadania destes últimos é colocado em xeque por inúmeras circunstâncias. Dessa forma, o aprimoramento do sistema educacional, bem como na melhor distribuição de renda, são os meios que, a princípio, podem ser suportes para superar a disparidade social no Brasil. É importante pontuar, de início, que os extremos que ligam ricos e pobres são contextualizados por uma injustiça social. De fato, muitos cidadãos, sobretudo aqueles que se encontram em baixa condição social, não desfrutam, necessariamente, das suas cidadanias, uma vez que, uma boa educação, uma saúde de qualidade e uma vida digna são direitos negados por parte do Estado a esses indivíduos. Nesse aspecto, tal ínterim pode ser notado em dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em que o IDH brasileiro ocupa somente a 84º posição em 2011. Nesse sentido, o aprimoramento do sistema educacional - principalmente o público - representa um caminho a ser seguido no tocante ao combate à desigualdade social. É fundamental designar, ainda, que, embora o Brasil figure entre as dez maiores economias mundiais, ele é, simultaneamente, totalmente injusto com seus cidadãos no que se refere à distribuição de renda. Certamente, uma minoria da população possui a grande parcela da renda, enquanto a maioria sobrevive com uma pequena fatia existente dos recursos econômicos. Como resultado, o contraste social é notório na própria paisagem urbana das cidades brasileiras, em que favelas dividem o mesmo espaço geográfico com luxuosos prédios. Sob esse prisma, um planejamento da questão tributária por parte dos agentes sociais responsáveis pode ir de encontro ao tema da disparidade social. Por conseguinte, é necessário que o Governo Federal, na figura do Ministério da Educação, atue iminentemente nessa problemática por meio de políticas públicas que garantam uma educação de qualidade para os seus cidadãos, sobretudo àqueles expostos à desigualdade social, objetivando, dessa maneira, que esses sujeitos estejam propícios a ascender socialmente. Outrossim, é imprescindível que o Ministério do Trabalho, junto à sociedade, aborde sobre a questão tributária em fóruns de discussões, visando a uma melhor alternativa para a distribuição de renda, acarretando, desse modo, que muitos indivíduos encontrem na atividade "laboral" uma forma de viver dignamente. Assim, o país poderá superar, concomitantemente, o contexto da disparidade social e fixar sua preocupação em garantir os direitos inalienáveis de suas mazelas.