É possível afirmar que um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira é o combate às desigualdades sociais. Essa problemática é fruto da inanição do governo em garantir direitos mínimos ao cidadão, em virtude da corrupção generalizada que desvia dos cofres públicos aquilo que daria mais dignidade e justiça ao povo. Logo, tal fenômeno compõe um quadro de disparidades que trás efeitos negativos ao país, uma vez que se constituí em uma forma de barrar a mobilidade social e o desenvolvimento humano. No que se refere às desigualdades sociais, percebe-se que o caminho para combater essa questão é complexo, haja vista o contexto histórico de contrastes que é reproduzido no país dede seu descobrimento. Um fato que ilustra isso é a má distribuição de renda que ao longo dos anos foi um dos maiores impulsionadores da pobreza, miséria, desemprego, desnutrição, favelização, marginalização e violência. Assim, o que se vê é um país rico, porém, com muitas pessoas pobres, por isso, o primeiro passo para suprimir essas adversidades é aliar a democratização de direitos com políticas assistencialistas, objetivando restabelecer a isonomia. Somando a isso, pode-se perceber que o desenvolvimento do capitalismo pautado na lucratividade elevou as injustiças sociais. Segundo estudos do Centro de Internacional de Políticas para o crescimento Inclusivo, baseado em dados da Receita Federal mostrou que no Brasil cerca de 20% dos mais pobres respondem a 3,9% do total de renda do país, já os 20% mais ricos detêm 64,2% da renda. Esse panorama reafirma a disparidade e os contrastes sociais existentes no país, o que contribui substancialmente para um cenário preocupante, em que a desigualdade tira a dignidade humana, negando ao indivíduo o acesso a serviços básicos como saúde, educação, alimentação, moradia, saneamento e transporte. O ativista da não violência, conhecido como Mahatma Gandhi, dizia que o futuro depende de nossas ações no presente. Nesse sentido, é fundamental que o Estado busque meios que vise sanar e suprir essas carências geradoras das desigualdades, por meio de políticas públicas que tragam efeitos a curto, médio e longo prazo. Desse modo, uma medida válida seria, a ampliação e reforço de programas como o Bolsa Família, além de ações que busque restabelecer os direitos garantidos a cada cidadão, assim dando oportunidade, para o desenvolvimento e melhorias em sua condições de vida. Também faz necessário, a conscientização da sociedade em geral para que ela venha se tornar um agente fiscalizador e disseminador da solidariedade, a fim de combater a corrupção e reivindicar aquilo que é necessário em prol da sociedade. Ademais, somente a partir da junção da democracia e justiça social, o Brasil se tornará mais igualitário.