A desigualdade social é uma realidade social no Brasil, desde a época colonial, quando foi efetuada a divisão do território Brasileiro nas "Capitanias Hereditárias", modelo caracterizado pelo acumulo de terras nas mãos de grandes fazendeiros. Para combater a crescente disparidade social, é fundamental que se reduza o acumulo da mais valia em poderio de poucos indivíduos, com a consolidação de uma carga tributária justa e a progressão da lenta reforma agrária. Capitalismo e desigualdade social são conceitos amplamente ligados, mas também contrastantes, visto que, no primeiro é buscado acumulo de capital e no segundo, a desconcentração dessas riquezas. A globalização trouxe consigo o aumento dos padrões de consumo, e também a progressiva alta populacional, que gera uma mais valia maior e consequentemente uma dualidade social superior, pois com o aumento do consumo, é preciso produzir mais e agora com mão de obra barata e abundante em oferta, a burguesia irá ter lucros maiores e teremos realidades sociais cada vez mais distintas. Faz-se necessário uma reforma tributária à medida que no Brasil temos a maior carga tributária do mundo, existem objetos que chegam a ser taxados mais de oitenta por cento do seu valor inicial. Os altos tributos passam a diminuir ainda mais o poder de compra dos pobres. O filósofo americano, John Rawls, que em sua teoria reside o chamado “princípio da diferença”, segundo o qual as desigualdades sociais só se justificam se tiverem um resultado: que os membros em pior situação fiquem em melhor condição do que estariam antes. Por isso, é necessário que os dotados de maior poder aquisitivo pague mais e os carentes, menos. A concentração latifundiária, também é um dos grandes obstáculos fomentador do contraste social. Esses grandes latifúndios, muitas vezes são terras vazias, sem nenhuma construção ou prática agrícola. No Brasil, existem movimentos sociais como o “sem terra” que são idealizadores de uma distribuição de terras justa. A reforma agrária existe, mas, caminha lentamente. O processo consiste basicamente em identificar terras vazias e redistribuí-las, mas muitas vezes é embargado, pois os donos das terras aparecem e recorrem juridicamente à decisão. Diante dos argumentos supracitados, é necessário que o congresso nacional faça uma reforma tributária justa, que não busque o beneficio do estado, com o aumento dos tributos, e sim, aos cidadãos mais desfavorecidos, uma reforma que incida mais sobre a renda do que sobre os bens de consumo. Também é fundamental, que o congresso estabeleça leis austeras, que visem aumenta a fiscalização e independência do órgão INCRA(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), desta forma, caminharemos para ter um Brasil menos desigual e mais justo.