O advento do sistema capitalista consolidado no século xv, não somente possibilitou lentamente a ascensão de classes, mas favoreceu o enriquecimento de alguns indivíduos em detrimento das oportunidades de muitos outros. Desde então, a desigualdade social tornou-se um problema estrutural difícil de superar. O que acaba por refletir um cenário desafiador para o estado democrático brasileiro. Seja pela ineficiência do governo ao oferecer um ensino público deficitário. Seja pela dificuldade de empreender na nação verde e amarela. Sabe-se que, de acordo com a constituição cidadã de 1988, todo indivíduo tem o direito assegurado de desfrutar a formação estudantil. Além de ser inegável que pouco investimento em educação contribui para a perpetuação do analfabetismo funcional. Todavia, lamentavelmente, os brasileiros que mais precisam se qualificar, no intuito de alcançar uma vida mais digna, são empurrados pelos governantes para as margens da sociedade, enquanto penam as mazelas da pobreza condicionada. Conforme o filósofo iluminista John Loke, são inalienáveis os direitos a liberdade e a propriedade. Entretanto, segundo a Fundação Heritage, o Brasil está no ranking dos países com menor liberdade econômica. O que obriga o jovem empreendedor a desistir do próprio negócio em prol de atuar em profissões , muitas vezes, insatisfatórias além de pouco rentáveis. Diante dos fatos mencionados, fica nítida a relação entre estagnação financeira e a impossibilidade de evolução dos trabalhadores. Urge, portanto, que o poder legislativo viabilize leis a fim de fomentar o empreendedorismo, auxiliando os iniciantes na carreira executiva através de organizações já existentes, como o SEBRAE. Também cabe ao Ministério da Educação em parceria com o setor privado, buscando inserir jovens em carreiras desejáveis, promover estágios associados a grade curricular do ensino médio. Dessa maneira, será possível a manutenção de um progresso econômico e igualitário para as gerações futuras.