O Brasil, segundo a ONU, figura entre um dos países mais desiguais do mundo e isso se deve a fatores políticos, culturais e econômicos que ao longo de nossa história nos levou até tal posição. Se lembrarmos do nosso período de economia baseada na escravidão e o momento que esta foi abolida deixando muitas pessoas sem instrução e aliado a pouca vontade dos seus donos anteriores de empregá-las com uma remuneração, notaremos que este grande número de desempregados iniciais com difícil alocação no mercado formou as bases para a grande desigualdade em nosso país. Sim, de fato temos hoje a possibilidade de, por meio de nosso trabalho, melhorarmos nossa posição no mercado e ascendermos socialmente, porém para aqueles que gastam boa parte de seus recursos para obterem meios de sobreviverem fica difícil desprender tempo e dinheiro para melhorarem seus níveis de instrução e iniciarem este processo de ascensão social. Portanto uma solução possível para diminuir nossa desigualdade levando as pessoas em situação de miséria a posições sociais que permitam as mesmas competirem justamente no mercado e assim diminuam a desigualdade é através de programas educacionais mais acessíveis a estas. Para ser ainda mais pragmático, precisamos também oferecer condições mínimas para que estes novos estudantes possam manter seus estudos e vermos os efeitos desejados. Uma dessas medidas é oferecer saneamento básico para todos já que os motivos de saúde são grandes responsáveis por evasão e retenção escolar; outra medida é o incentivo aos pequenos negócios já que estes são responsáveis pela maioria dos empregos, principalmente, da população mais carente. Logo, a educação básica aliada à profissional deve ser oferecida de maneira acessível às pessoas de baixa renda, pois é o principal meio de ascensão social juntamente com a infraestrutura adequada para que esta possa trazer a redução da desigualdade social no longo prazo.