Segundo a Folha de São Paulo, no Estado paulista, a cada 24 horas são coletadas aproximadamente 49.323 toneladas de lixo nas residências, sendo que, 11.800 toneladas (24,9% do total) estão sendo descartadas em locais inapropriados, como lixões a céu aberto e aterros sanitários muito precários. Esses dados indicam o quão caótico e catastrófico está se tornando a questão do descarte de lixo, não só num âmbito ambiental, mas principalmente no social, impactando de forma desumana a vida de centenas de pessoas. O cidadão, como um membro ativo na sociedade em que vive, possui direitos e deveres. Portanto, da mesma forma que é beneficiado, ele também deve algumas obrigações que poderão melhorar a vida de outras pessoas, para que todos consigam viver com o mínimo de harmonia possível entre si. Isso implica que, o equilíbrio e o caos são de responsabilidade de cada cidadão, que em algum momento cumpriu ou deixou de cumprir seu compromisso social. O cenário calamitoso causado pela multiplicação desenfreada do lixo, é sim de responsabilidade de cada um. A população não para de gastar, de forma cada vez mais inconsciente. A maioria compra por comprar, sem que o bem adquirido tenha qualquer necessidade na vida da pessoa, tanto na questão alimentícia, quanto na material em si, como roupa, sapato, eletrônicos, entre outros. Esse é um dos exemplos de atitudes que levam à desordem que se encontra a situação do lixo do país hoje. Além disso, a coleta seletiva de lixo, que basicamente separa o lixo orgânico, que nada mais é do que o alimento descartado no geral; do material reciclado, é praticamente um hábito inexistente no Brasil. Separar recicláveis faz gerar emprego, já que as cooperativas que tratam do material contratam auxiliares para ajudar a efetuar todo o processo de reciclagem, recebendo uma renda por isso, Ainda, colabora com o meio ambiente, que receberá apenas materiais biodegradáveis e não mais todo tipo de material, que levariam anos para se decompor. São poucas as pessoas que entendem sua importância e contribuem para ela. O lixo deve ser previamente pensado. Mas como seria pensar o lixo? Antes de consumir, seria ideal considerar o que realmente é indispensável, e caso seja, estudar formas de conservar objetos e/ou alimentos que poderiam ser doados a quem precisa em vez de serem transformados em mais um descarte. Por último, como citado anteriormente, realizar a separação de reciclados, que além de reduzir o impacto ambiental, gera lucro e renda para muitas pessoas. Esses são hábitos muito eficientes e simples de serem praticados, sendo acessível a qualquer cidadão.