A crescente utilização das radiações para fins médicos na área de diagnósticos e radioterápicos é uma das características marcante na evolução da Medicina. Tal utilização apresenta grande relevância e gera impactos notáveis na sociedade, economia e principalmente na saúde. Um importante questionamento em relação à utilização a esse expressivo uso das radiações é o fato de existir uma linha tênue entre riscos e benefícios. Estes, constantemente são usados como motivos para propagar informações erradas, gerando receio e medo quanto às exposições médicas e terapêuticas. Historicamente, ocorreram dois fatos que exemplificam ambas as situações. A “descoberta dos raios x” por Wilhelm Conrad Roentgen, em 1985. Essa radiação até então desconhecida, mas que veio a ser uma disseminação revolucionária na Medicina como forma de diagnóstico para avaliação clinica do ser humano. Neste caso as radiações foram usadas e continuam sendo de forma benéfica, impulsionando melhorias sociais relacionadas à saúde. Em outro caso, bastante divulgado na mídia, a radiação serviu como instrumento para um dos maiores acidentes já ocorrido no Brasil. O acidente ocorrido na cidade de Goiânia capital do estado de Goiás, em 1987. A má forma de descarte do material radioativo encontrado em uma máquina utilizada na radioterapia foi o principal fator de uma contaminação em massa. Analisando situações semelhantes às citadas anteriormente conclui-se que é necessário que haja uma conscientização por parte dos órgãos fiscalizadores que estabelecem normas quanto ao uso das radiações e por parte dos profissionais qualificados que ocupacionalmente são expostos. Assim sendo, maximizar os benefícios e minimizar os erros tanto nas praticas operacionais médicas como nas fiscalizações de manuseios de descartes de materiais radioativos situação como a do acidente em Goiânia seria evitado.