Após Guerra Fria, com o avanço do capitalismo, a “política do descartável” intensificou-se, bem como seus efeitos. Em decorrência disso, cresce a cada dia o número de resíduos jogados fora. Com efeito, a má conscientização e a falta de acesso a informações sobre o perigo do excesso de lixo é o grande agravante deste problema. Os lixões a céu aberto, embora sejam proibidos, ainda existem em diversas cidades e não há nenhuma movimentação dos cidadãos a fim de cobrar da prefeitura seu devido papel de erradicá-los. Pelo contrário, apenas por não estarem perto de tais ambientes, as pessoas não o enxergam como um problema. Além disso, a maioria da população não sabe como o lixo pode ser reaproveitado, já que, a negligência quanto à gravidade da situação faz com que desperdicem demais. A prova disso é que cerca de 57% do lixo doméstico é composto por restos de alimentos. Se todos soubessem como aproveitá-lo, talvez hoje o país não enfrentasse mais essa dificuldade. Recai sobre o ser humano, portanto, a responsabilidade de minimizar o lixo gerado no Brasil. Para isso, o Estado deve promover anúncios de divulgação nas mídias sobre tal problema a fim de conscientizar o ser humano. Não só isso, mas também as prefeituras de cada cidade devem instaurar a coleta seletiva, recolhendo os detritos em caminhões, o que será também um gerador de empregos contribuindo para a diminuição de outro empecilho. Por outro lado, as pessoas devem reaproveitar a matéria orgânica, visto que a maior parte do lixo provém dela, fazendo uso da compostagem, gerando, deste modo, adubos que podem ser utilizados em hortas domésticas. Sendo assim, desde que haja a parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar o problema do excesso de lixo construindo o progresso sem desconsiderar a ordem.