Título da redação:

Lixo que não é lixo.

Proposta: Meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil

Redação enviada em 09/08/2017

Com o advento do capitalismo, aliado, posteriormente, à globalização, a sociedade pós-moderna inseriu-se em um contexto caracterizado pelo consumismo. Nesse cenário, no que tange a demanda societária brasileira, é evidente o crescimento vertiginoso de resíduos gerado pelo homem que, influenciado pelos meios de comunicação, possui a errônea sensação do descarte do lixo isento de consequências nefastas. Assim, a reciclagem, a coleta seletiva, bem como a energia que pode ser obtida através do "lixo", podem ser uns dos artifícios no que se refere ao controle da excessiva geração de detritos no país. É importante pontuar, de início, que o âmbito social brasileiro é contextualizado pelo consumismo fomentado pelos meios de comunicação, além do seu crescimento quantitativo de indivíduos. Dessa forma, a suplementação de lixo gerado pela ação antrópica é reflexo de uma realidade que assola o país. Nesse sentido, tal realidade relaciona-se, ainda, com o pouco compromisso do Estado e de sua sociedade em prol de uma atenuação dessa problemática. De fato, a coleta seletiva, que pode ser um fator de atenuação dessa temática, ainda não abrange o Brasil em sua totalidade. Por outro lado, o que observa-se é o descarte irresponsável daquilo que o homem julga supérfluo. É fundamental frisar, ainda, que, embora o Brasil possua uma moldura marcada pelo consumo desenfreado, obtém, também, uma déficit gestão no que se refere aos detritos os quais ele gera. Sob esse prisma, os inúmeros lixões localizados no país, locais do destino final do nosso descarte, realçam os poucos avanços em sua gestão. Dessa maneira, a reciclagem do lixo persiste como ainda não sendo uma atitude de todos, ainda que seja o modo de sustento de levas de trabalhadores informais, a exemplo dos catadores de lixo. Além disso, a energia que poderia ser extraída através dos resíduos e usada para outros fins, como o gás metano, ainda carece de iniciativas governamentais. Por conseguinte, é necessário que o Estado juntamente com o respaldo de Organizações não Governamentais (ONGs), atuem iminentemente nessa problemática através de ações que visem a dinamizar a gestão voltada para o lixo gerado no país, com a iniciativa da obtenção de energia a partir do gás metano de procedência residual para fins benéficos. Outrossim, é imprescindível que o Governo Federal e o cidadão participem da coleta do lixo responsável. Este, com práticas de descarte consciente. Aquele, propiciando os caminhos para que isso seja possível. Do mesmo modo, a mídia, através de ficções engajadas, evidencie o cidadão a respeito dos detritos que ele gera e suas respectivas consequências. Sendo assim, poderemos compreender que resíduos, não necessariamente, sejam sinônimos de algo sem valor ou sem mais utilidade e sim, que lixo não é lixo.