Título da redação:

Lixo: o lobo do homem

Proposta: Meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil

Redação enviada em 20/02/2017

Desde a Segunda Revolução Industrial, com o vertiginoso crescimento mundial do consumo, a preocupação com a geração e o descarte de resíduos vem se acentuando. No Brasil, que sempre esteve sob forte influência de países consumistas, ainda há, na contemporaneidade, problemas de saúde, sociais e ambientais ocasionados pela produção excessiva de resíduos e seu destino final. Nessa perspectiva, observa-se que o lixo é uma problemática agravada pelo descaso da população e pela ineficiência de medidas governamentais. Nesse sentido, é valido ressaltar que grande parte da população não faz esforço para reduzir sua produção de lixo. Dados de uma pesquisa feita pelo IBG indicam que cada brasileiro gera, em média, 300kg de lixo por ano. Desse modo, os indivíduos acabam por ser prejudicados por algo gerado pelos próprios – por meio da contaminação do solo, do ar, da proliferação de vetores de doenças-, o que configura uma ilustração da célebre frase “o homem é o lobo do homem”, do filosofo Thomas Hobbes. Em vista disso, torna-se preciso apontar também a insuficiência de medidas governamentais como fato corporativo para o tratamento incorreto do lixo. Essa análise tem como base o fato de quase 40% da população não ter acesso a serviços de destinação adequados para resíduos, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). Nota-se, pois, a necessidade do engajamento popular e governamental para a solução da problemática do lixo. Esse empenho pode se dar por meio do aumento de repasses orçamentários do legislativo para a construção de aterros sanitários; pela cobrança da sociedade por fiscalização nos locais de descarte já existentes para prevenir contaminação ambiental; além da implementação de palestras nas escolas sobre os malefícios do consumo desenfreado e seu descarte incorreto.