Desde o fim da Guerra Fria, em 1985, e a consolidação do modelo econômico capitalista, cresce no mundo o consumismo desenfreado. Esse consumismo aumenta a geração de lixo e seu posterior acúmulo se tornaram, gradualmente, problemas a serem enfrentados pela humanidade. O Brasil tem lidado de forma pouco eficiente com a questão: possui baixa taxa de reaproveitamento de rejeitos, que ainda são amontoados em lixões. Esse acúmulo de lixo prejudica muito o solo, porque produz um líquido conhecido como chorume que contém alta carga poluidora podendo causar sérios danos ao meio ambiente, pois além da baixa biodegradabilidade, possui metais pesados, os quais os organismos são incapazes de eliminar, acumulando-os. O consumo desses metais pesados acarreta a problemas de saúde como diarreias, tumores, problemas pulmonares, gastrointestinais e neurológicos. Um outro problema relacionado aos lixões é que - na maioria das vezes- é localizados em áreas afastadas dos centros urbanos, onde vivem apenas as populações de baixa renda. Essas populações acabam vivendo em contato direto com o lixo, sem saneamento básico e o mínimo de higiene. Esse contato coloca toda população em risco de contrair várias doenças, além de ajudar na proliferação de mosquitos causadores de epidemias, como a dengue. Diante da situação exposta, é necessário medidas para alertar a população sobre a importância da reciclagem. Órgãos especializados do Estado, como o Ministério da Educação devem incentivar a produção de gincanas nas escolas que visem o reaproveitamento de lixo. Se as crianças aprenderem desde cedo a reciclar, se tornarão adultos mais conscientes. Também a administração pública cabe a realização de investimentos em infraestrutura, com a disponibilização de recursos que possibilite a criação e manutenção de programas de reaproveitamento bem como a construção de aterros sanitários pelos Municípios. Por fim, resta as pessoas a adoção de novos hábitos que assegurem uma relação mais sustentável com o meio ambiente.