Título da redação:

Críticas são bem-vindas!

Proposta: Meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil

Redação enviada em 16/09/2017

Após as revoluções industriais dos séculos XVIII e XIX, houve o aumento geométrico da produção de produtos e alimentos processados. No entanto, o sistema capitalista de produção foi indolente sobre o descarte do lixo suscitado, o que, hodiernamente, tornou-se um problema ambiental, pois a geração de resíduos quintuplicou em relação ao aumento populacional no Brasil, enquanto a coleta e tratamento do lixo ainda é um desafio. Dessa forma, dentre os principais fatores que corroboram o óbice da sustentabilidade, encontra-se o incentivo ao consumo e a falta de projetos residuais eficientes. Em primeira análise, a população foi induzida ao consumo indiscriminado. Esse tema é abordado no documentário da BBC, “O século do ego”, a qual ironiza que as pesquisas do psicanalista Freud foram utilizadas para o marketing, estimulando, assim, a compra do produto pelo desejo de tê-lo, em vez da necessidade. Essa prática acarretou o aumento do volume de itens supérfluos, inutilizados e rapidamente descartados. Além disso, o aumento da renda per capta também influi diretamente a produção de lixo, o que pode ser visto pelo declínio de resíduos no país, este ano, devido à crise econômica. Ademais, ainda são escassos os projetos sustentáveis de empresas. Pois, apesar de ter, por exemplo, a reutilização de botijão de gás, garrafas de vidro e, recentemente, a garrafa da Coca Cola retornável, cerca de 30% do lixo poderia ser reciclado, mas apenas 3% o é, de acordo com o Plano Municipal de Resíduos Sólidos (PMRS). E parte disso é ocasionado pela falta de coleta seletiva nos municípios, pois, sem ela, a reciclagem se torna pífia e, na maioria das vezes, o descarte é realizado em lixões, apesar do PMRS ter planejado a eliminação desses locais impróprios até 2014. Como supracitado, é necessário mudar os hábitos de consumo e destinação do lixo, assim como o empenho dos municípios para aderir ao PMRS. Sendo assim, mesmo que seja inevitável a produção de resíduos, práticas podem ser ensinadas e incentivadas pelas escolas e ONGs ambientais para a diminuição do volume gerado, como o consumo consciente, a reutilização e doação de produtos ainda próprios para o uso, e a prática da compostagem. Além disso, é fundamental que os eleitores exijam a ação das prefeituras para se adequarem às novas normas de destinação residual e adotar a coleta seletiva e reciclagem desse material em prol do racionamento de matérias-primas, preservação do meio ambiente e economia financeira.