Segundo o site O Globo, cerca de 80 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço de tratamento e destinação correta de resíduos. Apesar disso, a geração de lixo quintuplicou em relação ao crescimento populacional. Por isso, se faz necessário o debate sobre a excessiva produção de lixo, no âmbito do consumismo e da falha administração do lixo. O consumismo desenfreado é o principal causador do excesso de lixo gerado no Brasil. Isso ocorre porque, o capitalismo influencia as pessoas a comprarem. Fato esse, que também é visto na teoria de Adorno e Horkheimer, de que o capitalismo inseriu na sociedade a necessidade de consumo para alcançar uma pseudo felicidade. Dessa forma, levando a população a estar constantemente comprando. Consequentemente, as pessoas descartarão mais lixo. Além disso, nota-se que o mau direcionamento do lixo é, também, fator gerador dessa problemática. Isso acontece porque, parte dos prefeitos não cumpriu a meta de acabar com os lixões a céu aberto. Fato esse que se confirma diante de quase 1600 cidades que ainda não atingiram esse objetivo. Por conseguinte, o lixo é descartado em lixões, sem reciclagem e emitindo metano, gás 20 vezes mais intensificador do efeito estufa do que o CO2. É visível, portanto, que a questão do excesso de lixo gerado no Brasil deve ser revisada. Em razão disso, o Ministério da Educação, em parceria com escolas, deve desenvolver palestras e aulões que esclareçam a importância de um consumo consciente. Ademais, o Governo Federal deve aplicar multas às cidades que ainda têm lixões, numa tentativa de pressioná-las a exterminá-los. O governo de cada município deve incentivar a coleta seletiva por meio de recolhimento semanal de metal, plástico e recicláveis, e direcionar o lixo orgânico para a captação do metano para uso doméstico. Dessa forma, o lixo será controlado e não afetará tanto o meio ambiente.