Antigamente, com uma ínfima produção de resíduos, em maioria orgânicos, cada família era responsável pelo descarte destes. Em um mundo pós revolução industrial, o lixo se tornou uma vertente em discussões geopolíticas e ambientais. O modo capitalista, tendo o consumismo como motor, cultivou padrões e ideais no subconsciente da sociedade para, então, promover sua evolução. Assim, o crescente consumismo, acarretou em uma cultura de descarte, responsável pela produção excessiva de lixo. Em contexto com a crise de 29, o “modo de vida americano” foi um dos ideais implantados na sociedade. Até então, os EUA possuía uma população que não consumia de seus bens e, com ajuda de filmes e projetos capitalistas, passou a difundir um ideal de vida inalcançável, gerando um consumo exagerado. Ideal este que se espalhou pelo globo e atingiu o Brasil. No curta metragem “homem consumista” se vê a transição pós era industrial, onde no final o homem é o “rei do lixo”. Conseguintemente, a cultura do descarte e a obsolescência programada fazem com que, em âmbito social, a preocupação com o lixo fique em segundo plano, pois manter o padrão de vida está em primeiro. O governo sueco vem implantando incentivos fiscais em serviços de reparo, contribuído para o fim dessa cultura. Em suma, meios que possibilitem a desconstrução desses ideais seriam importantes para controlar o lixo no Brasil. Maior incentivo fiscal, como feito na Suécia, por parte do governo aos serviços de restauração, assim como a inserção de aulas de marcenaria e eletrônica nas instituições de ensino médio pelo MEC fariam com que ao passar do tempo pequenos defeitos deixem de ser causa de descarte.