Título da redação:

Conselho grego

Proposta: Meios para o controle do excesso de lixo gerado no Brasil

Redação enviada em 13/09/2017

A geração de lixo no Brasil está aumentando de maneira desmedida. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), ela avançou cinco vezes mais em relação ao crescimento populacional de 2010 a 2014. Quando essa produção é somada ao destino incorreto que é dado aos resíduos, o resultado é o risco para as gerações futuras, uma vez que o meio ambiente é cada vez mais destruído. Assim, vê-se que é imprescindível encontrar meios de reduzir e controlar esses números, de modo a satisfazer as necessidades do presente sem comprometer o futuro. Ao observar a composição do lixo brasileiro, é possível ter uma ideia de como iniciar o processo. A ABRELPE divulgou uma composição gravimétrica, a qual mostrou que 57% dos resíduos sólidos são compostos de sobras de alimentos. Logo, pode-se utilizá-los em um processo biológico: a compostagem. Nesta, micro-organismos degradam a matéria orgânica transformando-a em adubo orgânico, o qual pode ser utilizado para nutrir o solo e os vegetais. Com isso, 57% do lixo já pode ser reciclado. Outra maneira de reduzir é com a coleta seletiva. Se a sociedade produz tamanha quantidade de lixo, cabe a ela reduzi-lo, reciclá-lo ou reutilizá-lo. A coleta seletiva abrange isso. Com ela, as pessoas separam o lixo seco do orgânico, para dar um fim adequado àquele. Um exemplo disso é a cidade de Curitiba. Ela entrou em 2007 para o RankBrasil, por conta da eficiência no processo. Segundo dados desse site, 70% dos curitibanos contribuem com o ato, o que significa 550 toneladas de lixo separado, sendo uma boa parte reciclada. Além de garantir o sustento de trabalhadores informais. Assim, beneficia a todos. Somadas às ações anteriores estão a reutilização e a reciclagem. Muito se fala em reciclar. O problema é que isso, em alguns casos, é ineficiente. De acordo com a Super Abril, reciclar vidro, por exemplo, é 15% mais caro que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens. Portanto, nenhuma empresa tem interesse em reciclá-lo. Já no caso do alumínio, há economia de energia, então é benéfico. Por isso, o ideal é produzir objetos que podem ser reciclados com economia e quando não for assim, produzir elementos reutilizáveis. Em vista disso, percebe-se que Platão estava certo em dizer que: “o importante não é viver, mas viver bem”. Dessa forma, é preciso que os setores sociais equilibrem o modo de vida atual para que exista um bom futuro. Para isso, é fundamental haver atenuação e gestão dos resíduos gerados. Pensando assim, o Poder Executivo, em parceria com canais de TV, pode usar programas de elevada audiência para ensinar como realizar a compostagem e a coleta seletiva. Em seguida, o Governo Federal pode oferecer redução de impostos para indústrias que investirem em produção de itens recicláveis e reutilizáveis, de acordo com a melhor eficiência que possam oferecer. Isso favorecerá a redução de resíduos e a promoção de um meio sustentável.