Título da redação:

Metodologia da força

Proposta: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 22/10/2017

De acordo com Max Weber, sociólogo do século XX, o Estado é a entidade que possuí o "monopólio legítimo do uso da força", cujo objetivo consiste no exercício da autoridade. Entretanto, no Brasil, a violência é constantemente utilizada, como ferramenta de justiça ou vingança, por parte do cidadãos comuns, cuja credibilidade na atuação do poder público é nula. Desta forma, a tendência à "justiça com as próprias mãos", representa uma problemática de cunho social, na qual a origem deriva da sensação de injustiça e medo entre a população nacional. A utilização da força sem critérios legítimos de punições e julgamento geram mais calamidade. Além disso, os episódios de violência ocorridos em grandes centros, marcados pela presença de grupos denominados "justiceiros", foram responsáveis pelo aumento de conflitos, como também de vítimas colaterais, nesses núcleos. Logo, nota-se como essa forma de violência tem um impacto negativo na sociedade brasileira. Neste contexto, ressalta-se a ideia do estudioso Dahrendorf, expressa em sua obra " O caminho para a anomia", de que quando o Estado é incapaz de prover segurança, o medo e a necessidade de sobrevivência são priorizados em detrimento das normas reguladoras legítimas impostas, de modo que gere o chamado estado de anomia. Assim, a sensação de abandono pelas autoridades públicas acaba por colaborar com a incidência de ações civis violentas que visam sanar a impunidade existente. Segundo Friedrich Schiller, filósofo oitocentista, "a violência é terrível, mesmo quando a causa é justa", portanto, precisa ser contornada. Primeiramente, cabe ao Ministério da Educação (MEC) a elaboração de um programa de conscientização sobre os efeitos da violência civil, em escolas e comunidades a fim de induzir a reflexão sobre o assunto. Em seguida, o Governo Federal deveria utilizar os meios de comunicação em massa, para veicular campanhas audiovisuais contra as atitudes violentas dos cidadãos, objetivando a redução destas. Por último, o Ministério da Justiça poderia criar delegacias especializadas nesse tipo de delito, tornando mais fácil a identificação e neutralização desses crimes. Desse modo, as iniciativas apresentadas combateriam o estado de anomia proposto por Weber.