Batman, famoso personagem dos desenhos em quadrinho, torna-se justiceiro, depois de presenciar o assassinato de seus pais, jurando lutar contra o crime em sua cidade. Fora da ficção, cidadãos descrentes do cumprimento justiça estão agindo como justiceiros e ''resolvendo'' os problemas/crimes com as próprias mãos. Contudo, tais pessoas não têm legitimidade para deliberar sobre esses casos e ao fazê-lo passam por cima da autoridade, infringem os direitos humanos e levam a sociedade ao estado de barbárie. Nos locais onde a polícia e a justiça não se fazem presentes para combater o crime, cidadãos se acham no direito e no dever de assumir tal responsabilidade. A exemplo, tem-se o caso ocorrido no ano de 2014 no Rio de Janeiro, no qual um garoto, menor de idade, foi espancado e amarrado nu em um poste por ser um conhecido ladrão da região. Conforme dizia Volteire ''É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente'', dessa forma, os justiceiro são passíveis de erro em seus julgamentos, pois suas decisões são baseadas apenas em seus sentimentos de raiva e desejo de vingança. Casos de linchamento de inocentes são decorrentes quando civis decidem tomar as rédeas da justiça. Como o caso de um homem que foi confundido com um estuprador e morreu espancado. Tal ocorrência demonstra que com os justiceiros à solta todos os cidadãos estão em perigo, pois a qualquer momento podem ser confundidos com um criminoso e ser mortos, aumentando a sensação de insegurança. Além disso, a situação dificulta a ação dos policiais e dos magistrados por desviar o foco do crime original, aumentar o número de vítimas e, consequentemente, de criminosos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo Benedeto Croce, ''A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora'', dessa forma cabe ao Ministério da Justiça e Segurança pública aumentar o número policiais em locais onde há maior ocorrência de crimes, com o fito de elevar a segurança da população. Ademais, as escolas e faculdades devem oferecer palestras sobre os riscos da justiça privada, as quais devem ser ministradas por policiais e magistrados.