Nos quadrinhos, o homem morcego, Batman, é um grande justiceiro. Ele prende os vilões de Gotham e faz justiça com as próprias mãos. Contudo, com o passar do tempo, o Asilo Arkham, ficou lotado, o que favoreceu a fuga do Coringa. Fora dos gibis, tais problemas são realidade no Brasil. Fazer justiça com as próprias mãos é um crasso problema na sociedade contemporânea e que causa muitos impactos; como devemos proceder diante desse fato? “Olho por olho, dente por dente” dizia o Código de Hamurabi, lei vigente na Mesopotâmia, na Idade Antiga. Hoje, leis desse tipo não são mais empregadas, mas algumas pessoas não aceitam essa convenção e fazem justiça com as próprias mãos. A principal causa da existência de justiceiros, atualmente, é o fato de as leis vigentes serem ineficientes e, muitas vezes, injustas. Além disso, temos o problema com o sistema carcerário que é muito mal estruturado e muitas vezes tornam o detento uma pessoa pior. A minissérie da Globo: Justiça, retrata bem a realidade brasileira e a ideia de que tudo tem duas histórias. Isabela foi morta a tiros pelo namorado, Vicente, por tê-lo traído. A mãe inconformada, Elisa, acha injusto que ele tenha pego a pena de, apenas, 7 anos, já que ele havia cometido um assassinato, e promete que irá mata-lo, da mesma forma, ao fim de sua pena. Essa mentalidade persiste no Brasil e é um problema maiúsculo, visto que, deve-se observar os diversos pontos de vista antes de bater o arrependimento. Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Leis mais justas, redigidas pelo poder legislativo, e que sejam aplicadas a todos- ricos e pobres, brancos e negros- garantindo uma pena justa para os crimes graves, como assassinato, é uma medida necessária. O Ministério da Educação deveria investir em palestras de conscientização para todos os cidadãos, em que sejam discutidas a humanidade e a justiça, ministradas por advogados e psicólogos. Um investimento no sistema carcerário, feito pela Polícia Federal, também é necessário, visto que, presos também são humanos, e mesmo tendo cometido crimes graves, merecem condições dignas.