O conceito de justiça, alegoricamente representado pela figura de um mulher vedada segurando uma balança, parte de dois princípios fundamentais: a imparcialidade e o equilíbrio entre os interesses de certo grupo social. Em nossa sociedade, o contrato social estabelecido pelos governantes tem a responsabilidade de promove la, no entanto as constantes falhas nesse processo tem feito os cidadãos promoverem "a justiça com as próprias mãos". Primeiramente, como foi mencionado os sucessivos fracassos do Poder Judiciário possibilita que cada cidadão se tornem justiceiros, ou seja, impõem a sua justiça sobre os infratores do pacto social. Como é comum observar, a impunidade, a falta de segurança nas ruas das cidades e o esgotamentos das unidade penitenciarias promove a imagem de um Estado incompetente em punir os agressores e violentos da população. Desse modo, o sentimento de injustiça permanece arraigado em todos da sociedade que tem seus direitos violados, essa comoção surge como justificativa para que cada ser promova sua própria justiça. Entretanto, o problema se encontra na relativização do que é justo e o que não é, contribuindo para uma sociedade sem regras e cada vez mais distante do direito de igualdade. Em consequência, da desconfiança do brasileiro para com o Estado, surge um clima instável e violento como descrito por Thomas Hobbes antes do Contrato Social. Isto é, cada individuo pensa somente em si e em suas vantagens, obtendo um estado onde não existe mais uma ordem social e impera a subjetividade no domínio da justiça. Essa postura individualista resulta no que Hobbes descreveu com guerra de todos contra todos, um grande caos social. Assim,o desrespeito aos direitos humanos e as taxas de criminalidade e violência são fatores em crescimento na sociedade. Situação, que não ocorreria se de fato cumprisse o Contrato Social, e os direitos de cada cidadão fossem preservados Fica clara, portanto que somente a legitimação do Estado é uma solução satisfatória. Para tanto é primordial que haja,por parte do governo a reestruturação do setor judiciário com punição aos corruptos que promovem a impunidade, e com mais recursos e pessoas competentes para garantir um serviço de qualidade. Bem como, punir aqueles que tentarem impor sua própria justiça. Também cabe a família propagar entre seus membros o respeito ao pacto social, e a mídia promover discussões que levem à reflexão sobre as consequências de atingir um estado onde não há mais leis. Só assim, com um Estado forte e atuante é possível promover a justiça de acordo com seu conceito.