Título da redação:

Justiça de olhos vendados

Tema de redação: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 11/01/2018

Ao contrário do que muitos pensam, a justiça não é cega. A figura de uma mulher de olhos vendados e segurando numa mão a balança e em outra a espada é a representação da justiça desde a antiguidade. A justiça de olhos vendados retrataria uma justiça imparcial, que não olha sobre quem recai o seu julgamento e a balança, o instrumento que pesa o direito que cabe a cada uma das partes e a espada a aplicação e defesa da justiça sem qualquer privilégio. Mas, para alterar o cenário atual, de que a justiça é cega na opinião de grande maioria da população, é preciso que medidas urgentes sejam tomadas para reverter este quadro. Apesar de muitos cidadãos movidos pelo descrédito na justiça brasileira, se revoltam e defendem a justiça com as próprias mãos. Dentro desse espírito, muitos se esquecem que a vida em sociedade exige uma série de leis para a regulamentação dos que vivem nela. Isso desde antigamente, quando na Babilônia foram compilada as primeiras leis chamada de código de Hamurabi, baseada na lei ao talião, mais conhecida como olho por olho e dente por dente. As sociedades foram crescendo e novas leis foram feitas, então qualquer manifestação de querer a justiça com as próprias mãos ou mesmo o olho por olho e dente por dente, é um retrocesso inimaginável, seria como se voltar às épocas das cavernas. Há de se considerar, portanto, que, apesar da população estar descontente com o atual estado de direito, a justiça com as próprias mãos não é a solução. A fim de reverter esse cenário problemático seria pertinente que o Estado provesse em todas as camadas do Judiciário de profissionais competentes e comprometidos com a justiça a fim de que a população possa voltar a acreditar na justiça e na sua aplicação. Além disso, as instituições governamentais devem estar bem equipadas e com número suficientes de profissionais para que a população não precise se mobilizar em fazer justiça com as próprias mãos. Dessa maneira, garantindo aos cidadãos a justiça dos olhos vendados.