Segundo a visão contratualista, no estado moderno os indivíduos abrem mão de parte de suas liberdades individuais em favor de um governo capaz de conter a violência e preservar a paz social. Contudo, no século XXI observa-se um fracasso do governo para manter a justiça em meio a tanta criminalidade, culminando em tragédias cometidas por aqueles que se sentem no seu direito de vingança. Nesse ínterim, tornam-se, indubitavelmente, necessárias medidas cabíveis. A priori, é válido ressaltar a baixa eficácia do judiciário em reter os infratores. Segundo o Conselho Nacional de Justiça(CNJ), tem-se atualmente 244 mil presos provisórios, quase 40% do total, ocasionando uma superlotação na penitenciária e, posteriormente, uma maior impunidade na hora do julgamento do transgressor. Diante disso, percebe-se um estado de raiva das vítimas, levando-os a cometer justiça com as próprias mãos, e isso, segundo Hobbes, se evidencia pelo fato de o estado não cumprir sua parte no contrato social. Ademais, observa-se a falta de investimentos do Governo Federal na educação em áreas periféricas, resultando em uma crescente taxa de criminalidade nas mesmas e, posteriormente, nos centros. Baseado nisso, é notório a presença de medo por parte da população brasileira pelo fato de estarem vulneráveis a delitos, devido ao baixo policiamento, estimulando-os a cometerem atos criminais para assegurarem sua segurança. Destarte, é mister a potencialização de medidas para contornar essa realidade. Para tanto, cabe à prefeitura de cada cidade construir novas penitenciárias, visando diminuir a superlotação e, por conseguinte, a impunidade na deliberação jurídica do violador. Outrossim, é de suma importância que o Poder executivo disponibilize uma maior taxa do PIB à educação em áreas de periferias, objetivando amenizar a criminalidade. Sendo assim, a sociedade viverá mais tranquila.