Título da redação:

Justiça com as próprias mãos

Proposta: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 01/03/2016

O sentimento de revolta com a realidade social em que vivemos vem sendo noticiado com mais e mais frequência. Ano após ano a mídia veicula os mais diversos casos de injustiça e barbárie em que o Brasil está mergulhado. Seja pela sensação de abandono ou pela morosidade das autoridades, a população acaba reagindo de maneira errada e recorre à justiça com as próprias mãos. Em 2015 o jornal nacional exibiu imagens de quadrilhas que atuavam roubando e agredindo pessoas na região do Brás em São Paulo. Depois da denúncia, houve reforço policial no local, mas passado alguns dias o contingente militar foi retirado e tudo voltou como era. A situação não foi resolvida e a população tornou a ser vítima. Esse tipo de procedimento só gera revolta e colabora com a aparição de justiceiros, que na maioria das vezes tem apoio dos que se sentem lesados. Linchamentos ocorrem e ameaças são feitas, a população acha que está “tomando as rédeas” da situação. É o que se acredita quando está indignado, porém cego para os próprios crimes que se pode cometer nesse estado emocional. Outro fator que está levando o brasileiro a fazer a justiça com as próprias mãos é a descrença na justiça. Não creem que penas aplicadas a meliantes serão cumpridas, já que casos de sequestros, assaltos, assédios, entre outros, possuem os autores ou suspeitos em liberdade, o sentimento de injustiça se mistura muitas vezes com vingança e a população acaba por recorrer a uma antiga expressão popular “aqui se faz, aqui se paga”. Entendemos por justiça, aquilo que é justo e correto, princípio básico que mantém a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal. Logo, quando ela apresenta descrédito, resta apenas a desordem chegando ao caos social. Portanto, a população precisa sentir-se amparada pelo Estado, saber que aquele que comete um erro terá que responder pelo mesmo. As leis precisam ser revistas, pois os crimes de antes não são os mesmos de hoje. O controle social da violência é responsabilidade de todos, tendo em vista a necessidade de respeito e tolerância entre os cidadãos, lembrando que a justiça deve agir não somente para punir, mas também para educar.