"Muito dos que vivem merecem morrer.Muito dos que morreram merecem viver, você pode lhes dar a vida?Então não seja tão ávido em julgar e condenar alguém a morte,pois até mesmo os mais sábios desconhecem os dois lados." A frase do escritor inglês do século XX, J.R.R Tolkien, pode servir de rumo para os caminhos sinuosos os quais a sociedade vem percorrendo.Afinal, a justiça com as próprias mãos é uma opção válida para ser seguida? Nos primórdios das civilizações, não eram esporádicos os casos de linchamentos, apedrejamentos e humilhações públicas. Em muitas sociedades arcaicas, e ainda hoje em algumas regiões, tais práticas são legitimadas, como eram as leis de Talião no período dos sumérios.De maneira alguma isso ameniza a agressividade dos casos de justiça popular dos últimos tempos.Na realidade, abre-se uma nova porta de pensamento importante, será que após todos estes séculos, com os avanços éticos e morais disseminados por filósofos e pensadores, a humanidade não criou capacidade e maturidade de suplantar o instinto em troca do pensamento racional?É claro que sim. O principal motivo destas "revoltas" populares está ligado ao descaso do poder judiciário, a burocracia e a consequente falta de punição aos responsáveis.Para um pai. o qual recentemente perdeu um filho, é complicado manter o controle psíquico perante a negligência estatal.Porém, o único motivo ao qual permite os seres humanos ainda estarem vivos e convivendo em conjunto, é a possibilidade de usar a razão em prol da resolução de entraves sociais.Mas de que forma então acalmar os nervos dos envolvidos, parentes e amigos próximos? O trabalho dos psicólogos seria muito útil em tais situações.Caso o diálogo não fosse suficiente, a medicina possibilita o uso de remédios psiquiátricos os quais negar em momentos de indignação,cólera e loucura seria tolice.Além disso, essas pessoas deveriam ser as primeiras a lutarem para que a justiça seja aplicada corretamente, através de greves e debates, estes sendo completamente viabilizados pela internet e redes sociais.Afinal, como Gandhi sabiamente disse, "Olho por olho, e um dia acabaremos todos cegos."