Praticar justiça com as próprias mãos é uma atividade que há muito tempo se pratica, a exemplo disto, a Igreja Católica no famoso Tribunal do Santo Ofício penalizavam aqueles que iam de encontro as suas doutrinas. Embora o Brasil seja país Democrático de direito, é divulgado cada vez mais relatos dessa epidemia de justiceiros. Sensação de impunidade, ausência de Estado e instituições são fatores apontados para a ocorrência dessa ação de intolerância coletiva. Esta sede de justiça com as próprias mãos está diretamente relacionada descrença principalmente ao Poder Judiciário, onde os processos se arrastam, chegando a grande maioria dos crimes ficarem sem solução. Com isso, o velho ditado “bandido bom é bandido morto” é revitalizado, onde a população se encher desse desejo de resolver o problema da maneira que acreditam ser a mais correta, a saber, o caso da dona de casa Fabiana Maria de Jesus que foi confundida com sequestradora de bebês e brutalmente morta pelos vizinhos, sem ter direito de defesa. A descrença naqueles que deveriam proteger e colocar em prática as leis vigentes é o estopim para desencadear essa busca errônea por justiça. A fim de frear essa onda de violência é necessária uma política de conscientização sobre os direitos e deveres da sociedade, ao Estado caberia formular e executar leis que coibissem esse tipo de ação.