Título da redação:

Hamurábi e Heródoto

Proposta: Justiça com as próprias mãos: o impacto na sociedade brasileira

Redação enviada em 11/05/2016

Com origem no código de Hamurábi, a lei de Talião consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, frequentemente expressa pela frase “olho por olho, dente por dente”, usada como justificativa pela justiça com as próprias até os dias de hoje. A questão é o que esse preceito pode acarretar na sociedade. Quando a violência aumenta, o sistema de segurança falha e a sensação de impotência e insegurança crescem, a sociedade necessita de uma solução. Encontrando-a em si mesma. Como exemplo, pode citar os justiceiros da zona sul do Rio de Janeiro. No final de 2015, onde moradores de áreas nobres – como Ipanema e Leblon -, revoltados com os contínuos arrastões, roubos e a inércia da polícia, resolveram agir. O que houve foi humilhação, espancamento, suspeitos amarrados e confrontos em plena cidade olímpica, resultando na equidade na categoria infratores tanto para moradores – à procura de justiça -, suspeitos dos crimes e reais deliquentes. A lei executada, de acordo com as opiniões da sociedade, tornou-se um meio de defesa para uma população cansada da incompetência do governo. Alguns crimes como estupro e pedofilia, podem causar maiores exaltações nos cidadãos, surgindo um senso de condenação para os suspeitos do crime, proporcionando atos violentos, a fim de causar efeitos negativos nos marginais. O Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, um país regido por leis que defendem o direito a um julgamento pelo sistema judiciário e aplicação de penas não degradantes, que nem incluem pena de morte. O Estado tem o dever de cumprir o que está na constituição – como o artigo 144: segurança pública -, ao colocar nas ruas policiais bem treinados e devidamente remunerados, assim como estratégias para conter as ações de meliantes. A sociedade deve acreditar nos políticos que ajudou a eleger, sendo os próprios responsáveis por reformular e sancionar leis e criações de projetos para o bem de sua região. Ao cidadão - parafraseando o filósofo Heródoto – não tente curar o mal com mal, será só mais um problema dentro de um Brasil tão cedendo por justiça e honestidade.