Segundo Sartre: " A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota", dessa forma, é inegável o crescimento do número de linchamentos no Brasil, um problema que deveria ter sido banido da humanidade desde a promulgação da Constituição de 1988. Todavia, a ineficiência do Estado em punir crimes e, também, ao grande do alcance das redes sociais em propagar qualquer tipo de informação de maneira muito ágil, tem contribuído para a continuação dessas ações desumanas, fazendo a violência crescer e a sensação da população de uma vingança mais saciada, tendo em vista a não funcionalidade da justiça no Brasil. Primeiramente, a descrença da sociedade no Estado faz com que ela procure outros meios de tentar solucionar o problema da criminalidade. Prova disso é uma pesquisa feita na FGV (Faculdade Getúlio Vargas) sobre confiança nas instituições públicas mostra que os brasileiros andam descrentes com o trabalho da Polícia Militar e da justiça como um todo. Por esse motivo, as pessoas, indignadas com a falta de segurança, agem de forma a ter certeza da penalização do crime ocorrido. Em segundo lugar, as redes sociais com seu grande alcance na divulgação de qualquer tipo de conteúdo, muitas vezes boatos e "fake news", o qual pode gerar perseguição e homicídios. A exemplo disso, segundos o site G1 de notícias, um retrato falado divulgado em uma página de uma rede social em 2014, fez uma população moradora de Guarujá, em são Paulo, atacar brutalmente uma mulher, inocente, até a morte, acusada de estar sequestrando crianças. Em razão da dificuldade de reconhecer os praticantes dessas ações, que na maioria das vezes são muitos, os linchamentos continuam ocorrendo por conta da impunidade e provocando a morte de inúmeros inocentes. É necessário, portanto, que os Governadores criem programas para aumentar a segurança da população instalando câmeras em pontos estratégicos por todo estado que governam, isso facilitará o reconhecimento e identificação dos linchadores, deixando de invisibilizar esse tipo de ação. Paralelo a isso, os criadores das redes sociais devem fixar um programa que identifique palavras- chaves sobre acusações e questione o usuário sobre a convicção do conteúdo a ser postado, fazendo-o refletir sobre o problema o qual pode ser causado. Assim, o artigo 5º da Constituição passará a ser respeitado e a dignidade da pessoa humana será assegurada.