Em uma sociedade onde os líderes são monstros que monopolizam o poder e manipulam as leias a seu favor, as pessoas se revoltam com a falta de justiça, mostrando o lado mais primitivo da humanidade: a "justiça" com as próprias mãos. Cansada de implorar ao estado por justiça, a população, cada vez mais revoltada, resolve tomar a dianteira e solucionar seus próprios problemas. Enquanto o veterinário Ricardo Fehr Camargo é proibido de dar consultas de graça para animais carentes, assassinos e políticos corruptos continuam com total liberdade. Casos como esses fazem com que as pessoas se sintam cada vez mais injustiçadas. Com medo de que a tendência seja piorar, os revoltosos tomam suas próprias providências, tornando-se igualmente assassinos, lincham e até matam os acusados impunes, sem saberem que, com essas medidas, o caos só faz aumentar. Pode-se observar que, enquanto o estado está preocupado em tirar das ruas apenas o que lhe convém, a população vê verdadeiros criminosos livres, aumentando assim sua revolta. O direcionamento da justiça estatal, encontra-se fora do verdadeiro foco de criminalidade, e enquanto o poder público continuar a libertar assassinos e se concentrar em prender justiceiros ou benfeitores, a população vai buscar a própria justiça. Podemos concluir que esse caos somente poderá ser evitado ou amenizado quando realmente houver justiça por parte do estado, quando a legislação for seguida e não driblada. Torna-se necessário um maior empenho dos poderes estatais para cumprir e fazer cumprir o código penal, sem distinguir poder ou tipo de crime, quando tratar-se da real justiça.