A priori, assim como as pessoas vivem a repetir ideias prontas que não são suas, de maneira análoga, reproduzem o discurso do ódio. Destarte, a maldade caracteriza-se por vários fatores tais como ambientais, genéticos, sociais e políticos. Nesse ínterim, para Arendt o homem é bom, mas a sociedade o corrompe, como a maldade culturalizada. Outrossim, para Locke o indivíduo é folha de papel em branco a ser preenchida por meio de experiências e escolhas , seria a associação do fator genético ao ambiental e ao social. É válido destacar que o governo pode incitar o ódio por meio da descartabilidade humana como ocorrido no Brasil Imperial com as várias guerras civis e as ocorridas hodiernamente em São Paulo com a higienização da Cracolândia. Nesse contexto, para Arendt, ao considerar a população como números apenas, são eliminadas as políticas públicas que fortaleçam a solidariedade. Assim sendo, o Brasil possui o mal banal massificador, que faz as pessoas culturalizarem o ódio, por meio de ações inimagináveis, como ateamento de fogo no índio Gaudino, estupros coletivos e mortes no trânsito. Segundo Locke o indivíduo é folha de papel em branco que depende de experiências. Dessa maneira, o homem possui a sensação e a reflexão a fim de construir seus valores. Diante disso, mesmo que existam os psicopatas sociais, eles não são isentos de responsabilidades. Porém, a problemática é quando a escolha é seguir esse comportamento por meio de carreiras, que terão um mandado para infligir dor em outros, como a militar, a jurídica e a médica. Em síntese, o discurso do ódio deve ser combatido. Portanto, algumas medidas devem ser executadas. Portanto, a escola deve ampliar os debates, trabalhar a literatura infantil empática, que fornece consciência contra a hegemonia, como as obras pássaro amarelo e o monstro rosa, cujos personagens não se enquadram dentro de padrões, mas que superam suas diferenças por meio da ajuda da comunidade. Adiante, as organizações de concursos devem aplicar testes psicológicos em candidatos a fim de filtrarem e eliminariam os que possuem personalidade patológica. Ainda, o Legislativo deve criar uma lei para cotas ao investimento em políticas públicas, a fim do Executivo seguir um plano diretório independente do seu partido for progressista ou conservador. Finalmente, o mundo não está ameaçado pelo ódio, e sim pela naturalização cultural deste.